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População de idosos do RS vai quase dobrar em 20 anos, diz IBGE Pesquisa do IBGE mostra que a taxa de fecundidade é quase cinco vezes menor que há 50 anos 07/10/2013 Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que a população de idosos do Rio Grande do Sul vai praticamente dobrar em menos de 20 anos e representar quase 20% do total de habitantes do estado em 2030. A projeção é baseada no baixo número de nascimentos registrada no estado. Enquanto a população não parou de crescer – passou de 10,7 milhões no ano passado para 11,1 milhões em 2013 –, a taxa de fecundidade despencou: é quase cinco vezes menor que há 50 anos. A família da secretária Lucia Dassi exemplifica bem os novos tempos. Ela tem seis irmãos, o pai tinha oito e a mãe, 13. Mas a filha, Mariana, é única. “Hoje em dia, não dá pra ter mais de um filho. Eu optei por ter um para ter que dar escola, uma boa educação. Só isso”, justifica. Segundo o analista do IBGE, Riovaldo Alves Mesquita, a opção pelo filho único é uma tendência entre as famílias atuais. “As mulheres, hoje, são muito mais escolarizadas que uma geração atrás. Elas têm outras ambições. Ela quer se realizar profissionalmente. Ela busca uma série de metas que não necessariamente são conciliáveis com a de ser mãe”, explica. Uma das principais consequências da redução no número de nascimentos é o crescimento da população idosa. A projeção do IBGE é de que em 2030 o Rio Grande do Sul tenha cerca de 11,5 milhões de habitantes, 18,4 % dos quais terão mais de 65 anos. Mas para o especialista do Instituto de Geriatria da PUCRS, Angelo Bos, a sociedade ainda não está preparada para dar suporte ao crescimento da população idosa. “Nós temos que nos dedicar cada vez mais a dar uma atenção melhor à saúde dos nossos idosos. E o que é mais importante: tentar transformar eles em idosos mais saudáveis, menos dependentes”.
Fonte: FETAPERGS Veja também |