Notícias
 
Mulheres são as mais afetadas com desemprego na pandemia
No Brasil 8,5 milhões deixaram a força de trabalho no último trimestre de 2020 em comparação ao mesmo período de 2019
04/03/2021




As mais prejudicadas com a perda do trabalho durante a pandemia são as mulheres tanto no Brasil como nos demais países. Globalmente, as perdas de emprego das mulheres situam-se nos 5% contra 3,9% dos homens, aponta relatório “Monitor OIT: Covid-19 e o mundo do trabalho”, da Organização Mundial do Trabalho.

No Brasil, a situação é uma das piores do mundo. Com o fim do auxílio emergencial de R$600 (R$1.200 para mães solo) e sem nenhum outro projeto de benefício social do governo Bolsonaro que reponha as perdas financeiras, cada vez mais mulheres deixam a força de trabalho.

Segundo o último dado disponível da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Domicílios), do IBGE, 8,5 milhões de mulheres deixaram a força de trabalho no terceiro trimestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

“Há uma cultura no mercado de trabalho de priorizar a demissão de mulheres. Demite-se porque ela engravida, porque cuida do filho, do pai, da mãe, da vó, do vô. Então essa luta é permanente. Durante a pandemia, estreitou mais essa situação, perdemos muitos postos de trabalho e muitas estão desalentadas sem perspectiva e sem o auxílio emergencial”, frisou a integrante do Coletivo das Metalúrgicas do ABC e CSE na Samot, Maria do Amparo Travassos Ramos.

A dirigente lembra que é preciso travar uma luta incessante contra o patriarcado e investir com afinco na conscientização das novas gerações. “Nós já nascemos tendo que lutar contra o patriarcado, essa cultura machista que existe nas famílias e na sociedade como um todo. Podemos mudar isso educando nossas filhas e filhos e investindo na formação e conscientização dessa nova geração. Precisamos ocupar os espaços de poder e mostrar isso. Como dirigentes sindicais devemos lutar por uma cláusula de ampliação de contratação de mulheres, já que somos nós que fazemos a economia girar”.

A CSE na Apis Delta e também integrante do Coletivo, Cláudia Alexandra Rodrigues, lembrou das trabalhadoras informais que viram sua renda diminuir na pandemia e também das mães que tiveram que deixar seu emprego para ficar em casa com os filhos.

“Muitas trabalhadoras informais que vendem produtos na rua, de porta em porta, e assim sustentavam a casa estão passando severas dificuldades. A situação também se complicou para aquelas que, apesar de precisarem do salário, tiveram que deixar seus empregos para cuidar dos filhos que estão em casa. A condição poderia não estar tão difícil se houvesse o mínimo de responsabilidade por parte do governo Bolsonaro que brinca com a vida da população”.

Fora da força de trabalho

No primeiro trimestre de 2020, antes dos efeitos da pandemia na economia, aumentou em 11,2 milhões o número de pessoas de fora da força de trabalho. Deste total, sete milhões eram mulheres. A participação feminina, com 14 anos ou mais, no mercado de trabalho ficou em 45,8%, uma queda de 14% em relação a 2019.

O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) também tem resultados desanimadores. Enquanto no ano passado 230,2 mil vagas criadas foram ocupadas por homens, as mulheres perderam 87,6 mil postos.


Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

 
Veja também
 
 
 
 
 
 
 
Redes Sociais
 
 
Folha Metalúrgica
 
Assista
 
Escute
Escolha o áudio abaixo...

 
Boletim Eletrônico
Receba em seu e-mail o boletim eletrônico e informes do Sindicato

Não quero mais participar
 
Veja Também
 
 
Serviços
  Benefícios para Associado
  Tesouraria
  Jurídico
  Homologação
  Saúde
  Catálogo de Convênios e Parcerias
O Sindicato
  Institucional
  História
  Diretoria
  Base do Sindicato
  Subsedes
  Aposentados
  Colônia de Férias
  Lazer
Convenções
  Metalurgia
  Reparação de Veículos
  Máquinas Agrícolas
  Siderurgia
Galerias
  Fotos
  Escute
  Notícias
  Opinião do Sindicato
  Folha Metalúrgica
  Publicações
CNM  FTM RS  CUT
 
STIMEPA - Sindicato dos Metalurgicos da Grande Porto Alegre
Av. do Forte, 77 - Cristo Redentor - CEP 91.360-000;
Telefone: (51) 3371.9000 - Porto Alegre - RS.
De segunda à sexta, das 8h às 17h.
 
Omega Tecnologia