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Debate esclarece investimentos da Copa
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15/04/2014


Debate “Diálogos: Governo e Sociedade Civil - O que o Brasil já ganhou com a Copa 2014” agitou Porto Alegre nesta tarde


Frente a frente, no salão de eventos do SindBancários, representantes de vários movimentos sociais - incluindo dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre - confrontaram o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, questionando sobre os recursos públicos investidos na Copa e que poderiam ser aplicados em saúde e educação para a população.

Na outra ponta, o representante do governo tentando contrapor as informações distorcidas sobre a Copa, possivelmente criadas para desgastar o governo em ano eleitoral, expondo números que supostamente provam que o dinheiro público não entrou diretamente na construção de estádios e sim em obras de infraestrutura (portos, aeroportos, metrôs, avenidas, corredores de ônibus e outras estruturas permanentes), que ficarão como legado para a população brasileira.

Carvalho reconheceu que o governo falhou na comunicação e isso fez com que mitos fossem criados sobre os investimentos. Negou que a intenção do diálogo é atenuar focos de protesto dos movimentos sociais durante a Copa. “Queremos que as pessoas se manifestem sim, mas o façam em cima de informações corretas e seguras, e não a partir de deturpações da realidade”, esclareceu.

Os números

- R$ 8 bilhões foram investidos nas obras dos estádios. A metade (R$ 4 bilhões) são financiamentos do BNDES, que serão pagos pelas instituições que buscaram os recursos. R$ 1,3 bilhão foram investidos por governos estaduais. O restante teriam sido recursos de investidores e da iniciativa privada
- R$ 25,5 bilhões foram investidos pelo governo em obras de infraestrutura. Estas obras, de uma forma ou outra, teriam de ser feitas a médio e longo prazos, e vão beneficiar as futuras gerações
- R$ 825,3 bilhões (32 vezes mais) foram investidos pelo governo nas áreas de educação e saúde públicas
- R$ 30 bilhões serão acrescidos ao PIB nacional com a vinda de 600 mil turistas e a circulação de 3 milhões de brasileiros que vão participar das programações da Copa. O retorno financeiro para o país vai superar os valores dos investimentos indiretos nas obras de infaestrutura, que ficarão como legado para as próximas gerações
- A Copa do Mundo não será só da elite brasileira e estrangeira. O governo destinou 50 mil ingressos que serão gratuitamente distribuídos para pessoas de baixa renda e povos indígenas.

 
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