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CUT-RS exige calendário de vacinação já contra covid-19 no RS
Em Porto Alegre a taxa de ocupação das UTIs fechou nesta segunda-feira (11/01) em 86,97%
12/01/2021




“Mais importante do que ficar trocando a cada semana as cores das bandeiras do modelo de distanciamento controlado é garantir vacinas, seringas e agulhas, e definir logo um calendário de vacinação contra a covid-19 para o povo gaúcho, começando pelos trabalhadores da saúde e os grupos de risco. O Rio Grande do Sul não pode ficar no fim da fila”, afirmou o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

Ele está preocupado com a inércia do governador Eduardo Leite (PSDB) e a apatia da maioria dos prefeitos que esperam passivamente pelas ações do governo Bolsonaro. “O Brasil já conta com mais de 200 mil vidas perdidas e mais de 8 milhões de infectados. Aqui no Estado os números da doença estão em alta e já foram registrados mais de 9,3 mil mortes e mais de 474 mil contaminados”, destacou.

“A emenda da bancada do PT, aprovada durante a alteração do tarifaço na Assembleia Legislativa, assegurou recursos de cerca de R$ 1,5 bilhão para comprar a vacina para toda a população, caso ela não seja garantida pelo governo federal”, salientou.

Sistema hospitalar à beira do colapso

Amarildo também criticou o prefeito Sebastião Melo (MDB), que mal assumiu e já acabou com restrições impostas diante da pandemia, retirando limite de ocupações no comércio, além de flexibilizar ainda mais os horários de bares e restaurantes. Com essas medidas, somada às aglomerações nas festas de fim de ano, a ocupação de leitos de UTIs nos hospitais voltou a subir.

Em Porto Alegre a taxa de ocupação das UTIs fechou nesta segunda-feira (11/01) em 86,97%. Hospital da Restinga e Moinhos de Vento estão com lotação máxima. Os hospitais Nossa Senhora da Conceição, Mãe de Deus, Ernesto Dornelles, Porto Alegre, Cristo Redentor e Instituto de Cardiologia seguem com mais de 90% de seus leitos ocupados.

“O prefeito está completamente alinhado à política genocida de Bolsonaro. Os seus decretos atendem aos interesses de grupos econômicos que apoiaram a sua campanha eleitoral e colocam em risco a capacidade de atendimento de saúde da população, o que a essa altura da pandemia pode levar ao colapso o sistema hospitalar de Porto Alegre”, alertou.

Maior façanha é salvar vidas

Para o presidente da CUT-RS, “Melo está ainda gastando dinheiro público na compra de medicamentos, que não possuem comprovação científica de eficácia no combate ao covid-19, como a ivermectina e a cloroquina, o que é um absurdo”. Melo, conforme o dirigente sindical, "quer imprimir uma sensação de normalidade à população com a reabertura sem limites do comércio, no melhor estilo de Bolsonaro”.

O sindicalista ressaltou que o momento exige um calendário de vacinação já e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). “Não aceitamos que governos sem compromisso com a vida e a saúde entreguem a população à própria sorte, enquanto vários países estão vacinando e até mesmo já aplicando a segunda dose. Não existe maior façanha do que salvar vidas e acabar com essa pandemia”, ressaltou.

“Além disso, é fundamental a manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 para garantir renda para milhões de trabalhadores e trabalhadoras, que não têm outra forma de subsistência durante a pandemia. Não queremos que o desemprego, a fome e a miséria acabem em violência”, concluiu Amarildo.

 

Fonte: CUT RS

 

 
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