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CUT-RS planta árvores no 26º Grito dos Excluídos e homenageia vidas perdidas na pandemia STIMEPA participou da ação, plantando 20 mudas de árvores frutíferas, no terreno atrás da Escola Técnica Mesquita 08/09/2020 Diretores do STIMEPA plantaram 20 mudas de árvores frutíferas, atrás da Escola Mesquita O céu encoberto, que ameaçava chuva a qualquer momento, não foi empecilho. Em ato simbólico, realizado na manhã desta segunda-feira, 7 de setembro, dia da independência do Brasil, a CUT-RS, federações e sindicatos, em conjunto com o MST e movimentos sociais, plantaram mudas árvores no Parque Pedro Antônio Maria, em São Leopoldo, na Grande Porto Alegre, com o apoio da Prefeitura Municipal, simbolizando as vidas perdidas na pandemia do coronavírus no Rio Grande do Sul. A atividade foi um gesto concreto em defesa da vida e integrou o 26º Grito dos Excluídos, que este ano tem como lema "Vida em Primeiro Lugar. Basta de miséria, preconceito e repressão! Queremos trabalho, terra, teto e participação”. Essa mobilização é promovida anualmente desde 1995, sempre na Semana da Pátria, pelas pastorais sociais da CNBB, com apoio de entidades sindicais e movimentos sociais. Houve protestos contra as políticas do do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), sobretudo a destruição do meio ambiente, os ataques aos direitos dos trabalhadores, a política genocida diante da pandemia, a reforma administrativa para destruir os serviços públicos e a privatização de empresas estatais. Também ocorreram manifestações e plantio de mudas em várias cidades gaúchas. Em defesa da soberania nacional, gritamos Fora Bolsonaro “Hoje é um dia especial para todos nós que lutamos por direitos e por democracia em um tempo de genocídio por parte dos governantes, especialmente do presidente da República que expõe o povo brasileiro à própria sorte. Não temos testagem para a população, carecemos de cuidados para as pequenas e médias empresas, que amargam prejuízos por conta da pandemia”, afirmou o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci. Segundo ele, “há uma escalada de retirada de direitos e de entrega do patrimônio púbico para os interesses do grande capital, seja através de reformas ou da venda de estatais”, denunciou Amarildo ao fazer o plantio da primeira muda de Tibouchina granulosa, nome científico da árvore popularmente conhecida como Quaresmeira. “Se eles destroem a natureza, nós defendemos a vida. Enquanto eles retiram direitos, nós defendemos a democracia. Enquanto eles demonstram descaso para com os mortos pela covid-19, nós plantamos árvores. E em defesa da soberania nacional, gritamos Fora Bolsonaro”, destacou Amarildo. Houve o plantio pelos manifestantes de 14 mudas na calçada da Avenida Henrique Bier e dentro do parque. Elas foram doadas pelo MST e parte oriunda do viveiro municipal de São Leopoldo. A secretária de Meio Ambiente da CUT-RS e secretária-geral adjunta do Sindiserf-RS, Eleandra Koch, disse que “plantar árvores é plantar a esperança de um futuro com justiça e dignidade para a população brasileira”. Para ela, “as mudas de árvores são um símbolo de luta e resistência contra o genocídio do governo Bolsonaro. Nenhuma vida e nenhuma árvore a menos”. Política neoliberal esquece das pessoas “Hoje recebemos 500 mudas para plantio no município. Vamos seguir plantando até o dia 21 de setembro, quando comemoramos o Dia da Árvore. A ideia é que cada muda represente uma das vidas perdidas na luta contra o vírus”, enfatizou Álvaro Delatorre, dirigente do MST, que lançou no ano passado uma campanha nacional de plantio de 100 milhões de árvores em todo o país. “A política neoliberal esquece das pessoas e prioriza o consumo. O resultado está aí: dezenas de contaminados e um número alarmante de mortos pela covid-19. O governo se associou ao latifúndio, permitindo que o agronegócio, com o aval do Estado, promova todo e qualquer crime ambiental que desejar. Enquanto as pessoas morrem e a Amazônia segue em chamas, o Brasil vira piada aos olhos da comunidade internacional”, lamentou Delatorre. O tarifaço e o novo calendário de retomada das aulas presenciais no Estado a partir desta terça-feira (8), anunciado pelo governador Eduardo Leite (PSDB), foi muito criticado, especialmente pelos professores que estiveram presentes. Eduardo Leite não está comprometido em salvar vidas Segundo a diretora da CUT-RS e presidente do Ceprol Sindicato, Andreia Nunes, “o interesse de Eduardo Leite em reabrir as escolas é puramente econômico. Ele não está comprometido em salvar vidas. Se ele estivesse preocupado com o bem-estar das famílias gaúchas, não criaria um calendário de volta às aulas no meio do pico da pandemia no Estado. Ele é imprudente e deverá ser responsabilizado por isso”, alertou. Ao final da manifestação, o presidente da CUT-RS falou ao vivo na live promovida pela Coordenação Estadual do Grito, transmitida pela Rede Soberania e Brasil de Fato pelo Facebook, com publicação cruzada na página da CUT-RS.
Fonte: CUT RS
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