Notícias
 
Governo derrota proposta de pagar mais duas parcelas do seguro-desemprego
CUT e demais centrais propuseram pagar mais duas parcelas do seguro-desemprego aos demitidos na pandemia, mas governo e empresários se uniram para rejeitar a proposta em votação no Codefat
04/11/2020




O governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), aliado aos empresários, conseguiu derrotar a proposta feita pela bancada dos trabalhadores, formada por representantes da CUT e centrais, de pagar mais duas parcelas do seguro-desemprego aos trabalhadores e trabalhadoras demitidos na pandemia,entre 20 de março e 31 de julho deste ano, que tiveram esgotadas as parcelas normais do benefício. Foram 12 votos contrários e 6 a favor, durante reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), nesta quarta-feira (04/11).

Como o Codefat é formado por 18 conselheiros, sendo 6 da bancada do governo, 6 do empresariado e 6 dos trabalhadores, a união de forças entre governo e patrões colocou por terra a possibilidade do pagamento das parcelas extras do seguro-desemprego.

A medida beneficiaria 2,76 milhões de pessoas que não conseguiram um novo emprego diante da crise econômica aprofundada pela pandemia do novo coronavírus (Covid -19). Em média, cada um receberia 2,4 salários mínimos (R$ 2.508) e injetaria na economia cerca de R$ 7,3 bilhões.

O governo nem mesmo colocou em votação a proposta que vinha sinalizando de pagar de três a cinco parcelas de R$ 600 apenas aos trabalhadores que não tiveram direito ao seguro-desemprego, nem ao auxílio emergencial. Em contrapartida apresentou uma recomendação genérica ao Ministério da Economia, sob o comando do banqueiro Paulo Guedes, que elabore propostas de medidas ativas para o mercado de trabalho, sem especificar de que forma isso seria feito.

Para o economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clovis Scherer, que assessora o representante da CUT no Codefat, Quintino Severo, o impacto social para os trabalhadores será imenso.

“Os R$ 7,3 bilhões iriam para o consumo e embora este valor não impacte profundamente a economia, para o trabalhador que está desempregado é uma perda muito grande”, diz Scherer.

Clóvis e Quintino defenderam em artigo publicado nessa terça (3), que o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) tem recursos disponíveis em aplicações financeiras para custear esse benefício, sem afetar sua capacidade de financiar investimentos e programas de geração de emprego.

Mas, apesar desta defesa, o governo Bolsonaro, que adota uma política neoliberal econômica, mais uma vez deu as costas ao trabalhador desempregado.

Leia a íntegra da nota das centrais criticando a decisão:

Governo e empresários impedem trabalhadores desempregados na pandemia de terem mais duas parcelas do seguro-desemprego

Não houve consenso na proposta de prorrogação do seguro-desemprego feita pela Bancada dos Trabalhadores no Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), composta pelos representantes das Centrais Sindicais CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT.

Na reunião de hoje, as Bancadas do Governo e dos Empregadores no Codefat, esta última formada pelas Confederações Nacionais da Indústria, Agricultura, Turismo, Comércio, Transporte e Sistema Financeiro, votaram contra a ampliação em duas parcelas do benefício do seguro-desemprego dos trabalhadores demitidos durante pandemia do coronavírus (período entre 20/3 e 31/07). Foram registrados 12 votos contra 6.

Vale lembrar que essa proposta da Bancada dos Trabalhadores passou por uma revisão do Grupo Técnico Especial, por cinco reuniões que a adequou, seguindo os pareceres dos órgãos de controle.

Mesmo assim, as Bancadas do Governo e Empregadores votaram contra a proposta, deixando de atender em torno de 2,7 milhões de trabalhadores que poderiam ser beneficiados, pois estão desempregados e sem acesso a outros programas sociais.

Representantes das Centrais Sindicais no Codefat

CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES – CUT
QUINTINO MARQUES SEVERO

FORÇA SINDICAL
SÉRGIO LUIZ LEITE

UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES – UGT
FRANCISCO CANINDÉ PEGADO DO NASCIMENTO

NOVA CENTRAL SINDICAL DE TRABALHADORES – NCST
GERALDO RAMTHUN

CENTRAL DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL – CTB
ANTONIO RENAN ARRAIS

CENTRAL DOS SINDICATOS BRASILEIROS – CSB
JOSÉ AVELINO PEREIRA

 

Fonte: CUT Brasil

 
Veja também
 
 
 
 
 
 
 
Redes Sociais
 
 
Folha Metalúrgica
 
Assista
 
Escute
Escolha o áudio abaixo...

 
Boletim Eletrônico
Receba em seu e-mail o boletim eletrônico e informes do Sindicato

Não quero mais participar
 
Veja Também
 
 
Serviços
  Benefícios para Associado
  Tesouraria
  Jurídico
  Homologação
  Saúde
  Catálogo de Convênios e Parcerias
O Sindicato
  Institucional
  História
  Diretoria
  Base do Sindicato
  Subsedes
  Aposentados
  Colônia de Férias
  Lazer
Convenções
  Metalurgia
  Reparação de Veículos
  Máquinas Agrícolas
  Siderurgia
Galerias
  Fotos
  Escute
  Notícias
  Opinião do Sindicato
  Folha Metalúrgica
  Publicações
CNM  FTM RS  CUT
 
STIMEPA - Sindicato dos Metalurgicos da Grande Porto Alegre
Av. do Forte, 77 - Cristo Redentor - CEP 91.360-000;
Telefone: (51) 3371.9000 - Porto Alegre - RS.
De segunda à sexta, das 8h às 17h.
 
Omega Tecnologia