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Confederações querem correção do IR, juros menores e medidas de crescimento econômico Dirigentes de 15 entidades sindicais se reuniram nesta terça (2) para debater propostas de retomada da economia e garantia de direitos dos trabalhadores. Paulo Cayres representou a CNM/CUT 02/02/2016 Em encontro realizado em Brasília nesta terça-feira (2), dirigentes de 15 confederações nacionais debateram propostas que assegurem direitos e ampliem conquistas para os trabalhadores e elaboraram uma nota oficial conjunta para tornar pública a posição das entidades em defesa da correção da tabela do Imposto de Renda, da redução da taxa básica de juros (Selic) e contra qualquer reforma na Previdência Social que retire direitos adquiridos. "Não queremos o velho receituário de redução do papel do Estado como indutor da economia e do desenvolvimento. Este modelo neoliberal que está embutido nos debates sobre o ajuste fiscal já mostrou que é nefasto com os trabalhadores e a maioria da população, não só aqui no Brasil nos anos 1990 e início dos anos 2000, como agora em vários países da Europa", assinalou o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres. "Queremos medidas que contribuam para ampliar o nível de emprego, que estimulem a indústria e setores essenciais para a economia e que impeçam qualquer investida contra os direitos dos trabalhadores. O preço da crise não pode cair sobre os ombros da classe trabalhadora", destacou ainda o presidente da CNM/CUT. Confira a íntegra da Nota Oficial: Retomada da economia demanda correção da tabela do Imposto de Renda e redução da taxa Selic Reunidas em Brasília nesta terça-feira (2), as Confederações Nacionais de Trabalhadores abaixo relacionadas manifestam toda sua preocupação e propõem medidas imediatas para o enfrentamento do preocupante momento da economia brasileira, no qual crescem o desemprego e a inflação e diminuem os investimentos produtivos e o consumo das famílias. Por isto, entendemos que o governo deve assumir o compromisso de tomar medidas imediatas para aplacar os efeitos negativos da crise sobre a classe trabalhadora brasileira. A correção da tabela do Imposto de Renda é urgente para amenizar o impacto das obrigações tributárias sobre os milhões de assalariados do País. A falta de correção da tabela do IR levará um enorme contingente de trabalhadores, antes isentos, a pagar impostos que irão corroer os reajustes salariais recentemente conquistados. A redução drástica da taxa básica de juros (Selic) é, igualmente, uma necessidade imediata, que será interpretada pelas forças da economia real como uma sinalização fundamental para a retomada de investimentos produtivos. Para os trabalhadores é, ainda, fundamental o compromisso do governo em não retirar direitos e conquistas no contexto da reforma da Previdência Social. Não aceitaremos qualquer ataque aos direitos da classe trabalhadora. Também externamos nossa preocupação quanto ao uso do FGTS em operações que dificultem o seu retorno para seus verdadeiros fins, como para construção de casa própria e para infraestrutura urbana. Esperamos empenho efetivo do governo no combate ao Zika Vírus, especialmente nas áreas onde ainda não existe saneamento básico. Entendemos que estas decisões são imprescindíveis para que os trabalhadores reconheçam no governo intenções verdadeiras de superação da crise sem o sacrifício das gerações presentes e futuras. Sem estas sinalizações, pode-se agravar a situação de descolamento entre esse mesmo governo e suas bases trabalhistas, o que só tenderia a ampliar a crise política que buscamos superar da maneira mais consequente e efetiva. Brasília, 02 de fevereiro de 2016. • CNM - Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT
Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT Veja também |