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Metalúrgica de Guaíba anuncia encerramento das operações Terceiro anúncio de fechamento de empresas em dois dias 03/07/2019 O Rio Grande do Sul registrou, nesta terça-feira (2), o terceiro anúncio de fechamento de empresas em dois dias. Depois do encerramento das atividades da planta da Nestlé em Palmeira das Missões e da demissão de 500 trabalhadores com fechamento de fábrica da Duratex em São Leopoldo, hoje foi a vez da Bringhenti Indústria Metalúrgica informar que está fechando. Fundada há 41 anos em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, a empresa criada pelo até hoje dono do negócio, Ivânio Bringhenti, é mais uma do segmento industrial a fechar as portas. Ao todo, 17 funcionários foram desligados. A difícil situação econômica enfrentada no País, que assola profundamente a indústria nacional, foi apontada como o principal motivo para a suspensão das operações. “Optamos por fechar a fábrica enquanto ainda podíamos honrar o pagamento do desligamento dos nossos funcionários”, disse Bringhenti, admitindo profunda tristeza em ter que dar a notícia. Para continuar operando, a empresa teria de realizar investimentos que, segundo Bringhenti, não valeriam a pena. O Ministério do Trabalho teria orientado que adequações na estrutura e no maquinário fossem feitas. O empresário de 69 anos disse que tentou vender o negócio, mas nenhuma proposta realmente interessante foi feita. Criada em 1978, a empresa chegou a ter 42 funcionários. A partir de 1980, a metalúrgica passou a prestar serviços de usinagem e recuperação de peças de médio e grande porte para clientes grandes, como a CMPC Celulose Rio-Grandense e o grupo Delga (que desenvolveu projetos para a General Motors – GM). “Fiz parte da reforma do vão móvel da Ponte do Guaíba e participei até de obra na Estação Julio Prestes, em São Paulo”, recorda o empresário. Bringhenti decidiu empreender no setor metalúrgico quando tinha apenas 28 anos. Hoje, aos 69, diz que já está cansado. A idade avançada e a falta de um sucessor interessado em tocar o negócio também pesaram na hora de tomar a decisão. Bringhenti conta que o filho não demonstrou disponibilidade em assumir o negócio - "talvez por ter visto de perto todas as dificuldades enfrentadas quando se decide empreender". (Fonte: Roberta Mello/ Jornal do Comércio) Veja também |