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Com poucas doses, RS começa vacinação contra Covid-19
Ainda sem perspectiva de engrenar
19/01/2021


Matinal Jornalismo


Foi um início um tanto turbulento e, quase como de praxe, com problemas logísticos por parte do governo federal. Mas, enfim, começou e o Rio Grande do Sul já está imunizando alguns de seus cidadãos contra o coronavírus. Em ato simbólico transcorrido já perto da meia-noite no Hospital de Clínicas de Porto Alegre – uma instituição pública e referência no tratamento da Covid-19 no Estado – cinco pessoas foram vacinadas: uma idosa de 99 anos, moradora de um residencial geriátrico; o médico-chefe do serviço de Medicina Intensiva da Santa Casa; uma indígena da etnia kaingang; uma auxiliar de higienização do Grupo Hospitalar Conceição; e uma técnica de enfermagem do próprio Clínicas.

O governador Eduardo Leite (PSDB), que discursou pouco antes do aguardado ato simbólico, exaltou profissionais da saúde, pesquisadores e cientistas. “Nunca uma noite foi tão clara, tão iluminada. Iluminada pela ciência, que rompe com a escuridão daqueles que negam a importância da pesquisa e da ciência no nosso país”, afirmou. Leite pediu como homenagem aos profissionais da linha de frente que a população siga com o uso da máscara e os demais protocolos do distanciamento social.

Nesta primeira remessa, o Rio Grande do Sul recebeu 341 mil doses da vacina produzida no Instituto Butantan. Esse montante será dividido ao longo do dia de hoje entre o município de Porto Alegre e outras 18 Coordenadorias Regionais da Saúde, que distribuirão às cidades do interior. Como a CoronaVac demanda duas aplicações, o total desta primeira leva servirá para imunizar quase 163 mil pessoas. Não, não estamos mal de contas aqui na Matinal: sobrariam 8 mil doses, que ficarão como reserva técnica. Ainda não há previsão da chegada de uma segunda remessa do Ministério da Saúde e falta matéria-prima para produção em escala industrial no Brasil.

O grupo prioritário para receber a imunização neste momento é composto por trabalhadores da saúde, idosos a partir dos 75 anos e pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência – como asilos e instituições psiquiátricas –, além de populações indígenas e quilombolas. Agora, porém, não há doses suficientes para completar este grupo. Na divisão feita pelo Piratini, serão vacinados 134 mil trabalhadores de saúde, cerca de 34% do total desses profissionais no Estado, além de 14,3 mil indígenas, 9,5 mil pessoas com mais de 60 anos que vivam em instituições e 380 pessoas com deficiência institucionalizada.

 

Fonte: Matinal Jornalismo

 
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