Copom vê ritmo "mais intenso" da economia neste e no próximo ano
Medidas anunciadas recentemente pelo governo federal contribuem para que o BC espere uma intensificação do crescimento econômico em 2013
07/09/2012
O cenário central com que trabalha o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central pressupõe que a economia brasileira crescerá em um ritmo “mais intenso neste semestre e no próximo ano”. A avaliação está na ata da última reunião do colegiado, divulgada nesta quinta-feira, 6 de setembro. O documento da reunião de julho já destacava uma aceleração do nível de atividade econômica, mas o horizonte considerado nesse caso era apenas até o fim de 2012.
As medidas anunciadas recentemente pelo governo federal contribuem para que o BC espere uma intensificação do crescimento econômico em 2013. A ata ressalta os programas de concessão de serviços públicos que, associados à gradual recuperação da confiança, “criam boas perspectivas para o investimento neste e nos próximos semestres”.
O Copom mantém a avaliação de que a demanda tende a se apresentar “robusta”, especialmente o consumo das famílias, “em grande parte devido aos efeitos de fatores de estímulo, como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito”. A ata lembra ainda que a demanda doméstica ainda vai sofrer efeitos dos cortes já realizados na taxa básica de juros que são “defasados e cumulativos”. Desde agosto de 2011, o Copom já cortou a Selic em 5 pontos percentuais, de 12,5% para 7,5% ao ano.
Inflação
O Copom continua acreditando que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tende a se deslocar para a trajetória da meta, mas reconhece na ata que esse movimento se dará “de forma não linear”. A ata da reunião de julho falava em declínio da inflação acumulada em 12 meses, mas não admitia que a convergência para o centro da meta não seria linear. O Conselho Monetária Nacional (CMN) estabeleceu para este e o próximo ano uma variação oficial de 4,5%, tomando como referência o IPCA, com intervalo de tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
O documento divulgado nesta quinta-feira lembra que o IPCA em 12 meses começou a recuar no último trimestre de 2011. E que a inversão da tendência vista até então contribui para melhorar as expectativas dos agentes econômicos, em especial a dos formadores de preços, sobre a dinâmica da inflação neste e nos próximos semestres. De fato, a inflação vem recuando desde o fim do ano passado, mas não de forma contínua. De julho para agosto, o IPCA acumulado em 12 meses subiu de 5,20% para 5,24%, segundo divulgou na quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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