Notícias
CUT-RS recorda quem votou a favor do tarifaço do governo Sartori que entra em vigor Veja a lista daqueles que votaram contra os interesses da Classe Trabalhadora 31/12/2015 A CUT-RS recorda os nomes e os partidos dos deputados estaduais que, apesar da pressão do movimento sindical, aprovaram o projeto do tarifaço do governador José Ivo Sartori (PMDB), que vai provocar um aumento linear nas alíquotas de ICMS a partir desta sexta-feira, 1º de janeiro de 2016, e encarecer a vida dos gaúchos. A exemplo do que ocorreu na segunda-feira (28), quando a Assembleia Legislativa foi sitiada por tropas da Brigada Militar para votar na calada da noite e na madrugada um pacote de projetos neoliberais de ajuste fiscal de Sartori, o tarifaço foi aprovado em torno da 1h de 23 de setembro, por 27 votos a favor e 26 contra, com o parlamento cercado de policiais . O aumento do ICMS já havia sido aplicado nos últimos dois governos do PMDB (Germano Rigotto e Antônio Britto).
Aprovação na calada da noite A votação ocorreu numa sessão conturbada da Assembleia, no primeiro dia estadual de lutas com greves, paralisações, atos e protestos da CUT-RS, centrais sindicais, Movimento Unificado dos Servidores Públicos e Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS). Houve manifestações em várias cidades do Interior. Em Porto Alegre, o entorno da Estação Rodoviária foi completamente paralisado por mais de uma hora, causando um grande engarrafamento no trânsito da cidade. Por volta das 11h30, policiais usaram cassetetes, gás lacrimogêneo e spray de pimenta para retirar os manifestantes que protestavam em frente à porta principal da Assembleia, empurrando-os em direção à Praça da Matriz. Durante a votação, houve distribuição de algumas senhas às entidades sindicais para acesso às galerias do plenário. Para ganhar a votação por somente um voto de diferença foram decisivos os votos da bancada do PDT, dos secretários Pedro Westphalen e Ernani Polo – ambos do PP -, que deixaram o governo por um dia apenas para votar na Assembleia, já que os deputados que substituíram votariam contra a proposta. Também pesou o voto do deputado Mário Jardel (PSD), que está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual. Há fortes indícios da existência de um esquema de negociação entre o parlamentar e o Executivo envolvendo a troca de votos favoráveis a projetos do Palácio Piratini por cargos. “Fizemos um grande enfrentamento ao tarifaço, às políticas neoliberais do governo Sartori e em solidariedade à luta dos servidores públicos estaduais”, avalia o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. “As mobilizações foram importantes para pautar o debate, dialogar com os trabalhadores e a sociedade gaúcha, e quebrar a blindagem do governo na grande mídia”, destaca.
Veja o impacto do tarifaço A alíquota do ICMS sobe de 17% para 18% a partir de 1º de janeiro de 2016. Também há aumento de 25% para 30% do imposto sobre gasolina, álcool, telefonia fixa e móvel, energia elétrica comercial e residencial acima de 50 kw (quase todas as casas). Haverá ainda cobrança adicional de dois pontos percentuais do ICMS sobre TV por assinatura (12% para 14%); fumo, bebidas, perfumaria e cosméticos (25% para 27%) e refrigerantes (18% para 20%).
Quem votou a favor do tarifaço PMDB PP PDT PSDB PSB PV PSD PR
A luta continua em 2016 O presidente da CUT-RS reitera que “é preciso fortalecer ainda mais a mobilização da classe trabalhadora e dos movimentos sociais para continuar enfrentando em 2016 com organização e unidade as políticas neoliberais do Sartori, que está sendo pautado pelos interesses do capital e da grande mídia para emplacar a chamada agenda 2020”. “Vamos seguir batalhando pelo combate à sonegação, a revisão das isenções e renúncias fiscais e a renegociação da dívida do Estado junto à União, como medidas que realmente podem resolver a crise das finanças”, defende Claudir. “Além disso, vamos cobrar que Sartori apresente políticas de crescimento econômico para aumentar as receitas do Estado, o que não fez ao longo do primeiro ano de governo”, denuncia. “Precisamos aumentar a resistência, a unidade e a luta dos trabalhadores contra as políticas neoliberais do Sartori para evitarmos que o Estado continue sendo apequenado com arrocho salarial aos servidores e desmonte dos serviços e do patrimônio público”, conclui o dirigente da CUT-RS.
Fonte: CUT-RS Veja também |