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Metalúrgicos da CUT querem implantação do Inovar-Máquinas em 2014 Proposta foi discutida na reunião da direção plena da CNM/CUT. Documento será entregue em março ao Conselho de Competitividade de Bens de Capital do Plano Brasil Maior 17/12/2013 A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) vai formalizar, em março de 2014, o pedido de que o governo federal implante o Programa Inovar-Máquinas, voltado ao estímulo ao setor de bens de capital e aos empregos do setor. Texto sobre o programa foi aprovado nesta terça-feira (17), em reunião da direção plena da CNM/CUT, após uma análise sobre o setor, em painel que teve a presença José Velloso Dias Cardoso, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), Paulo Cayres, presidente da CNM/CUT, e o coordenador do setor de bens de capital da Confederação, Loricardo de Oliveira. O painel foi coordenado pela secretária de Formação da CNM, Michele Ciciliato. Na avaliação sobre o setor, o representante da Abimaq concordou que é necessário renovar o maquinário das indústrias, mas disse que para isso é preciso estímulos como a redução da taxa de importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Fim da rotatividade Já Loricardo de Oliveira destacou que para os trabalhadores, o fundamental é que a indústria brasileira de bens de capital se desenvolva com respeito a premissas fundamentais, como o fim da rotatividade da mão de obra, a garantia de empregos e contrapartidas sociais. “No setor de máquinas e equipamentos, a rotatividade é maior quando comparada aos demais segmentos da indústria metalúrgica, chegando a 57,5%”, disse Loricardo, que também é secretário de Política Sindical da Confederação. Por isso, prosseguiu o dirigente, para a Confederação não adianta apenas discutir mecanismos que garantam o desenvolvimento do setor apenas sob a ótica empresarial. “A CNM/CUT vai apresentar as suas propostas no Conselho de Competitividade de Bens de Capital do Plano Brasil Maior (PBM) e quer que elas sejam efetivamente discutidas”, insistiu. O presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, destacou que os direitos dos trabalhadores devem sempre estar na pauta e que, particularmente no setor de bens de capital, isto tem sido deixado de lado. “Enquanto o crescimento geral da indústria metalúrgica foi de 83%, este setor cresceu quase 127% nos últimos 10 anos. Infelizmente, a remuneração média entre 2007 e 2012 aumentou só 5,4%, contra 17% de ganhos reais nos outros setores”, ressaltou Cayres. Entre as propostas que a Confederação levará ao PBM, está a de aumento do índice de nacionalização na produção de máquinas e equipamentos, programas específicos voltados à qualificação profissional dos trabalhadores, e estímulos para as empresas que mantiverem a média salarial, reduzirem a rotatividade e que comprovem o cumprimento da Norma Regulamentadora 12, que define procedimentos para o trabalho em máquinas e prensas. De acordo com a Subseção do Dieese da CNM/CUT e FEM-CUT/SP, o setor de bens de capital emprega cerca de 550 mil trabalhadores em todo o país.
Fonte: Solange do Espírito Santo – assessoria de imprensa da CNM/CUT Veja também |