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Brasil é hoje um país de classe média e tende a crescer mais, afirma estudo da Serasa
A classe média brasileira foi fortalecida durante os dois governos do presidente Lula
19/02/2014




O Brasil deixou de ser um país de maioria pobre, na última década, para se tornar um país de classe média, segundo pesquisa divulgada, nesta quarta-feira, pela empresa de consultoria Serasa Experian. A próxima década, segundo o estudo, será a de ascensão para a classe alta e redução ainda maior da pobreza. A classe baixa passará de 49 milhões de pessoas em 2013 para 20 milhões em 2023, uma redução de 59%, segundo a pesquisa Faces da Classe Média realizada em parceria com o instituto Data Popular.

A classe média, neste período, passará de 108 milhões para 125 milhões de pessoas em uma década – crescimento de 16%. Já a classe alta terá um salto de 61%, passando de 44 milhões para 71 milhões de brasileiros, mostra o estudo, deixando clara ainda a concentração de renda no país. A pesquisa considera parte da classe média as famílias que têm renda mensal, por pessoa, entre R$ 320 a R$ 1.120.

Se a classe média brasileira fosse um país, seria o 12º mais populoso do mundo e o 18º em consumo, mostra o estudo. Viagens, eletrônicos e móveis para a casa estão no topo da lista de desejos do grupo, segundo a pesquisa. Essa parcela da população gastou R$ 1,17 trilhão e movimentou 58% do crédito no Brasil no ano passado.

A pesquisa destaca que a classe média, maioria da população brasileira, não é homogênea. Para disso, dividiu o retrato em quatro perfis:

Batalhadores: adultos com média de 40 anos de idade. São a maioria da classe média (39%) ou 30,3 milhões de pessoas. Valorizam o emprego e a estabilidade. Já conseguiram bens como casa própria e carro. Investem em educação e esperam um futuro melhor para os filhos. O grupo dos batalhadores gastou R$ 388,9 bilhões em 2013, principalmente em produtos e serviços para o bem-estar da família.

Experientes: mais velhos, têm idade média de 65 anos. São 20,5 milhões de pessoas (26% da classe média). Para preservar o padrão de consumo, muitos se mantêm no mercado de trabalho mesmo após a aposentadoria. O gasto desse grupo foi de R$ 274,0 bilhões no ano passado, com destaque para turismo nacional, eletroeletrônicos, serviços de saúde, móveis e eletrodomésticos.

Promissores: jovens adultos com média de 22 anos de idade. Representam um universo de 14,7 milhões de pessoas (19% da classe média). Esse grupo gastou R$ 230,8 bilhões em 2013, principalmente com beleza, veículos, educação, entretenimento, tecnologia e itens para casa. Mais da metade dos promissores (51%) assumem que sofrem de descontrole financeiro. Enxergam a vida como um campo de oportunidades.

Empreendedores: com idade média de 43 anos, este é o grupo mais escolarizado e com maior renda per capita. São 16% da classe média (11,6 milhões de pessoas). Os empreendedores buscam realizar sonhos e, ao mesmo tempo, trabalhar em uma atividade que gostam. O grupo gastou R$ 276 bilhões em 2013. Investem em educação, eletroeletrônicos, turismo internacional, tecnologia, veículos e entretenimento.

 
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