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Centrais e frente de servidores prometem parar o Estado no dia 22 contra o aumento de ICMS Os atos devem ocorrer em todo o Estado em protesto contra o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e de Serviços (ICMS) 17/09/2015 Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da coordenação da frente dos servidores públicos estaduais e de movimentos sociais deram detalhes, na tarde desta quinta-feira (17), da mobilização que acontecerá no dia 22 de setembro, chamada de Dia estadual de Greves, Paralisações, Protestos e Manifestações. Os atos devem ocorrer em todo o Estado em protesto contra o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e de Serviços (ICMS), proposto pelo governo José Ivo Sartori (PMDB) e que deverá ser votado pela Assembleia Legislativa na mesma data. Na oportunidade, as lideranças distribuíram um manifesto conclamado a população a aderir à mobilização do dia 22. O encontro também se transformou em uma homenagem ao vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Sindsepe), Rogério da Silva Ramos, assassinado na noite de quarta-feira (16) na zona norte da Capital. Todas as lideranças sindicais usavam fitas pretas nas roupas como símbolo de luto, e responsabilizaram a política adotada pelo governo do Estado como causa do aumento da violência, que atingiu Ramos. “Vamos parar o Estado contra o tarifaço”, afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm), Fábio Castro. Ele ressaltou, ainda, que o Dia Estadual de Greves é também contra o parcelamento de salários dos servidores e a precariedade dos serviços públicos, como a segurança. Conforme ele, só no primeiro semestre deste ano, a Região Metropolitana registrou mais de mil homicídios. O representante da Ugeirm acrescentou que “o episódio da morte” do vice-presidente do Sindsepe é resultado da criminalidade que aumenta no Estado. No dia 22, segundo Castro, os policiais civis irão cruzar os braços e vão se concentrar na Capital, onde ocorrerá o principal ato do dia de mobilizações. “Só atenderemos os casos mais graves que exigem intervenção imediata”, adiantou ele. “Nós responsabilizamos a política do governo Sartori. O Rogério é mais uma vítima do desmonte do Rio Grande do Sul”, acusou o presidente do Sindsepe, Claudio Augustin, visivelmente abatido, sobre a morte do companheiro de sindicato, conclamando o funcionalismo a aderir à paralisação em homenagem à luta do sindicalista, que era motorista da Secretaria Estadual de Saúde e estava licenciado. Amplitude das manifestações Presidente da CUT, Claudir Nespolo frisou que a amplitude das paralisações dependerá de cada categoria, mas que a intenção é “parar o Estado”. “Vai ter rodovia trancada, o pessoal está muito brabo pelo aumento dos combustíveis”, comentou ele, sobre o impacto do aumento do ICMS, caso seja aprovado. De acordo com o líder sindical, as centrais sindicais estão conversando com diferentes categorias, como bancários e rodoviários, para definir o tipo de mobilização desses setores. “Ainda estamos conversando, nos reunindo para definir, mas vai ter garagem parada”, destacou Nespolo, admitindo que algumas agências bancárias devem fechar e rodoviários devem paralisar por algumas horas. A ideia é começar as paralisações já na madrugada do dia 22. O principal ato ocorrerá, a partir do meio-dia, na Praça da Matriz, local onde os líderes sindicais esperam reunir milhares de manifestantes. Ao contrário da última quarta, quando a presidência da Assembleia não permitiu a entrada dos servidores para acompanhar as votações depois do bloqueio na Casa o dia anterior, desta vez o funcionalismo poderá entrar, porém o número será limitado pela distribuição de senhas. “Foi o dia mais triste da Assembleia em funcionamento”, afirmou o presidente da CUT a votação com galerias vazias. Nespolo adiantou que a entidade sindical estuda a possibilidade de recorrer à Justiça para contestar asvotações da sessão de quarta, que resultou na aprovação, entre outros projetos, do que instituiu o regime de previdência complementar para os futuros servidores. “O Regimento Interno determina que as votações têm de ser com portões abertos”, argumentou o presidente da CUT. Por fim, ele criticou a “incompetência do governo, mesmo com o pêndulo favorável”, para aprovar seus projetos, referindo-se às propostas das extinções das Fundações de Pesquisa e Produção em Pesquisa (Fepps) e de Esporte e Lazer (Fundergs). O governo foi obrigado a retirar o quórum para evitar a derrubada dos dois projetos, inclusive com a colaboração dos deputados da sua base. Depois do bloqueio da Assembleia Legislativa e da votação com as galerias vazias, a tensão entre os servidores e governo aumentou. Por isso, os dirigentes sindicais querem colocar milhares de servidores em frente à Assembleia e ao Piratini no dia 22 como uma resposta ao governo. “O governo nos impôs dupla derrotada: pela votação e pelas grades colocadas”, afirmou Érico Correa, representante do Sindicato dos Servidores da Caixa Estadual do Rio Grande do Sul (Sindicaixa), sobre os projetos aprovados e os gradis que separavam os servidores do Legislativo, na quarta-feira. Produtos/serviços........................................Alíquota atual....Alíquota proposta
Fonte: Sul 21
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