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Pela 1ª vez em 40 anos, Brasil exporta mais produtos básicos do que industrializados Dos US$ 224 bilhões exportados em 2019, US$ 118 bilhões (52,7%) correspondem a itens básicos. Em 2018, fatia era de 49,8%. 03/01/2020 Pela primeira vez em quarenta anos, os produtos básicos representaram mais da metade das vendas brasileiras ao exterior. O resultado, obtido em 2019, foi divulgado pelo Ministério da Economia. No ano passado, as exportações somaram US$ 224,018 bilhões ao todo, dos quais US$ 118,180 bilhões (52,75%) correspondem a itens básicos. Em 2018, a parcela era de 49,81%. Produtos classificados como básicos são aqueles que não têm tecnologia envolvida ou acabamento, como minerais, frutas, grãos e carnes. Segundo o Ministério da Economia, as exportações de itens básicos recuaram 2% no ano passado, ao mesmo tempo em que as vendas externas de produtos industrializados caíram cinco vezes mais (10,3%). Dentre os industrializados, as exportações de produtos manufaturados sofreram tombo de 11,1% no ano passado, para US$ 77,452 bilhões, ou 34,6% do total. Já as vendas externas de produtos semimanufaturados recuaram 8%, somando US$ 28,378 bilhões (o equivalente a 12,7% do total). Semimanufaturados são aqueles produtos que passaram por alguma transformação, mas geralmente não estão em seu estado final, como por exemplo celulose, açúcar bruto e couro. Os manufaturados normalmente têm maior tecnologia embutida, como eletrônicos. De acordo com o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucaz Ferraz, o aumento de exportações de maior valor agregado, ou seja, de produtos industrializados, é uma meta do governo Bolsonaro. Segundo analistas, o Brasil precisa aumentar a exportação desses produtos porque isso pode ajudar na geração de emprego e renda, além de proporcionar faturamento e lucro maiores para os produtores. Menor superávit em 4 anos O resultado positivo representa uma queda de 19,6% em relação a 2018, quando alcançou US$ 58,033 bilhões (valor revisado). O recuo do superávit aconteceu em um contexto de menor crescimento da economia e, também, do comércio mundial. Além disso, o comércio exterior brasileiro sofreu as consequências da crise econômica na Argentina, importante mercado comprador de produtos brasileiros, e da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Por Alexandro Martello, G1 — Brasília
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