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Política de juros é alvo de protestos no Brasil inteiro Manifestantes pedem a presidenta Dilma um basta nos aumentos da taxa de juros do país 26/11/2013 CUT e sindicatos filiados realizaram ato em frente ao Banco Central de Porto Alegre na manhã da terça, 26/11 Representantes da CUT e sindicatos filiados da região realizaram na manhã de hoje, 26 de novembro, um ato público em frente ao Banco Central em Porto Alegre para protestar contra a política de juros do governo federal, que favorece apenas banqueiros e especuladores por meio de sucessivos aumentos na Taxa Selic. A militância também reivindicou mudanças na política monetária a partir desta semana em que o COPOM (Comitê de Política Monetária) se reúne para definir o índice a ser adotado. A manifestação foi realizada simultaneamente em todo o país e marcou o Dia Nacional de Lutas pela Redução Imediata dos Juros. Caso aconteça novo reajuste nos juros, está será a sétima elevação neste ano e poderá levar a taxa de juros dos atuais 9,5% para até 10%. Para o presidente da CUT/RS , Claudir Antônio Nespolo, cada meio ponto percentual de aumento na taxa de juros, retira R$ 10 bilhões em recursos que poderiam ser aplicados em programas que beneficiam o conjunto da sociedade, mas são direcionados como juros para os bancos. “Esta política acaba por incentivar a aplicação em papéis e não na produção, o que tem impacto nos empregos. Reconhecemos como positiva a política do governo no que diz respeito a geração de empregos nos últimos anos, mas denunciamos e somos contrários a política de juros, que tem que ser modificada”, alertou ele. A CUT defende a mudança da atual política de juros, pois ela vem empobrecendo a população e enriquecendo ainda mais os bancos e os especuladores. “Defendemos uma regulamentação para o setor, com controle social, e reiteramos que o governo não pode ceder a pressão do setor, que ameaça com a fantasiosa volta da inflação para continuar angariando os seus enormes lucros”, disse Nespolo, que também defendeu modificações na tabela do Imposto de Renda. “Não é justo que um trabalhador que ganha cerca de mil e setecentos reais já pague imposto de renda. É ainda menos justo que quem ganha cerca de quatro mil pague a mesma alíquota de quem ganha dez ou vinte mil. Temos que exigir que sejam criadas novas alíquotas para taxar efetivamente as grandes fortunas deste país”, disse ele. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre, Lírio Segalla, que estava acompanhado do vice, Marcos Muller, e dos dirigentes Arlete Febbe e Gil Costa, reforçou os argumentos apresentados pelo presidente da CUT. Segundo ele, o local escolhido (frente da sede gaúcha do Banco Central), além de ser um órgão governamental, também simboliza o dinheiro e o poder de nosso país. “Temos de lutar contra os juros altos, que benefia apenas o setor rentista que lucra com a especulação, prejudicando o setor produtivo, que é quem gera empregos”, afimou.
Por Geraldo Muzykant, com informações e fotos de Jean Lazarotto e informações da CUT-RS Veja também |