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Cesta básica de Porto Alegre sobe 8,95% e atinge R$ 506,30 em 2019, aponta Dieese
A cesta mais cara entre as capitais analisadas foi a do Rio de Janeiro
10/01/2020




 Em 2019, a cesta básica de Porto Alegre registrou aumento de 8,95%, encerrando o ano com o valor de R$ 506,30. O preço subiu em 16 das 17 capitais brasileiras que são pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A única capital analisada em que o custo da cesta básica caiu foi Aracaju, onde o acumulado em 12 meses foi negativo (-1,89%).

Na capital gaúcha, em 12 meses, dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais, nove ficaram mais caros: a carne (31,65%), a banana (15,38%), a batata (10,13%), a manteiga (8,66%), o óleo de soja (6,07%), o arroz (5,62%), o açúcar (3,00%), o pão (1,00%) e o leite (0,70%). Por outro lado, quatro itens ficaram mais baratos: o tomate (-31,81%), o café (-7,57%), o feijão (-2,30%) e a farinha de trigo (-2,12%).

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente, revelou que as altas mais expressivas entre dezembro de 2018 e dezembro de 2019 ocorreram em Vitória (23,64%), Goiânia (16,94%), Recife (15,63%) e Natal (12,41%). A menor alta foi em Salvador, onde o preço da cesta subiu 4,85%.

Considerando apenas o mês de dezembro, o preço da cesta básica subiu em todas as cidades. As maiores altas no mês foram identificadas em Goiânia (13,64%), Rio de Janeiro (13,51%) e Belo Horizonte (13,04%).

A cesta mais cara entre as capitais analisadas foi a do Rio de Janeiro, que custava, em média, R$ 516,91. Em seguida, vieram Florianópolis (R$ 511,70) e São Paulo (R$ 506,50). Os menores valores foram encontrados em Aracaju (R$ 351,97) e Salvador (R$ 360,51).

A alta no preço da cesta básica em dezembro foi puxada principalmente pela carne bovina, cujo valor subiu em todas as capitais. As altas da carne em novembro e dezembro variaram entre 13,08%, em Salvador, e 27,83%, no Rio de Janeiro.

Salário mínimo necessário: R$ 4.342,57​

Em dezembro, o valor da cesta básica representou 55,14% do salário mínimo líquido,
contra 49,43% em novembro de 2019 e 52,95% em dezembro de 2018. O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou, em dezembro, cumprir uma jornada de 111 horas e 37 minutos para adquirir os bens alimentícios básicos.

Segundo o Dieese, com base na cesta mais cara do país, o valor do salário mínimo em dezembro, necessário para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 4.342,57, ou 4,35 vezes o mínimo em vigor no ano passado (R$ 998).

Fonte: CUT-RS com Dieese e R7

 

 
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