Notícias
Em nova alta, Copom leva juros ao nível mais alto em três anos e meio Taxa básica foi a 12,25% ao ano. Decisão foi unânime. Desde abril de 2013, aumento acumulado chega a cinco pontos percentuais. Trabalhadores e empresários criticam: "Rendição ao mercado" 21/01/2015 O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central mais uma vez não surpreendeu e no encerramento da primeira reunião do ano, hoje (21), decidiu por mais uma alta na taxa básica de juros. A elevação foi de meio ponto percentual, levando a Selic a 12,25% ao ano, no maior nível desde julho de 2011 (12,5%). A decisão foi unânime e sem viés, diz em nota o Banco Central, e foi tomada "avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação". Apenas nas três últimas reuniões, o Copom aumentou os juros em 1,25 ponto. Desde que retomou o ciclo de altas, em abril de 2013, a elevação acumulada é de cinco pontos, de 7,25% (o menor nível histórico) para 12,25%. Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cardeiro, o novo aumento dos juros e as recentes medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo governo fazem acelerar a marcha para uma recessão, "com trágicas consequências para os direitos, a renda e o emprego dos trabalhadores". Ele afirmou que se trata de uma rendição ao mercado financeiro e que as medidas "aumentarão a concentração da riqueza no país, contradizendo as políticas econômicas dos últimos governos e os compromissos de campanha da presidenta Dilma Rousseff". Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão "dificultará ainda mais a recuperação da economia". "Os efeitos diretos dessa medida são a elevação dos custos dos financiamentos, a dificuldade de acesso ao crédito e a consequente redução do consumo das famílias e dos investimentos das empresas", afirma a entidade. A Federação do Comércio (Fecomércio) do Rio de Janeiro também criticou. "O aumento dos juros pelo Copom é mais um dos muitos preços pagos por empresários e consumidores brasileiros pela condução equivocada da política econômica nos últimos anos. Ao contrário de previsibilidade, rigor fiscal e inspiração de confiança, a economia passou a conviver com improvisos, metas de última hora e ações localizadas", afirma a entidade. "A conta chegou. E nessa hora, as medidas têm seguido o caminho mais fácil: aumentar os já elevados custos na produção e no consumo – impostos e juros."
Fonte: Rede Brasil Atual Veja também |