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Senador Paulo Paim apresenta Estatuto do Trabalho em plenária no Sindicato dos Metalúrgicos . 27/04/2018 Sarah Lima / STIMEPA Senador relatou também como foi visita ao ex-presidente Lula, preso em Curitiba Na manhã desta sexta-feira, 27, o Senador Paulo Paim, apresentou o projeto Estatuto do Trabalho, que visa ser a nova CLT, no Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre. O presidente da CUT-RS, Claudir Néspolo e o Deputado pelo PT-RS Nelsinho Metalúrgico integraram a plenária. O senador iniciou dizendo que ao pisar no sindicato é como estar casa, e antes de tudo, agradeceu a recepção calorosa dos dirigentes sindicais, trabalhadores e militantes presentes. Paim comenta que trabalhou com entidades durante nove meses na elaboração do Estatuto do Trabalho, a nova CLT, que será lido no próximo dia 10 de maio, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado. Segundo ele, o documento é uma consolidação das leis do mundo do trabalho e, além recuperar os direitos que foram surrupiados na Reforma Trabalhista, irá avançar em outras questões. “A insegurança continua” comenta, “essa situação não pode se prolongar, essa Reforma nos levou aos tempos da escravidão, e trabalho escravo a gente não recomenda, a gente proíbe”, defende o Senador. Em seguida, o presidente da CUT-RS, Claudir Néspolo, começou sua fala dando um panorama da conjuntura social e política resultada pelo golpe na presidenta Dilma Rouseff que culminou, agora, na prisão do ex-presidente Lula. “Está tudo ligado” disse, “o discurso de ódio começou lá em 2014 e ali eles viram o gancho articular o golpe, viram a luta de classes nítida”. O objetivo, segundo Nespolo, sempre foi de tirar os pobres do orçamento, enfraquecendo os sindicatos, para aprovar as Reformas Trabalhista e Previdenciária, e assim, baratear a mão de obra. Claudir ressaltou a importância de recolocar o trabalhador/a de volta no orçamento da união e defender a legitimidade da liberdade do ex-presidente. “Lula só está preso porque lidera as pesquisas das eleições de 2018” explica, “não fazia sentido eles darem um golpe, e agora, dois anos depois, o mesmo projeto social voltar à presidência, eles não tem vergonha, num processo sem provas puseram na cadeia o maior presente que este país já teve”, . Nespolo ainda ressalva que é preciso que defender soltura de Lula para que a pauta da classe operária volte a ser discutida. O deputado Nelsinho Metalúrgico (PT-RS) consolidou Nespolo lembrando o sociólogo Karl Marx, tendo em conta o panorama econômico, em que Marx dizia que a burguesia sempre enriqueceu tirando direitos da classe trabalhadora. “Sempre na disputa econômica, para o aumento de riqueza” comentou. O deputado também ressaltou a importância em libertar o ex-presidente, “é uma tarefa urgente, um inocente não pode permanecer encarcerado”, finalizou. "Lá vimos a coragem de líder" Paim, integrante da Comissão de Direitos Humanos, aproveitou o encontro para relatar como foi visita feita ao ex-presidente no dia 17 de abril. “Fomos a única comissão que conseguiu ver Lula. Lá vimos a coragem de líder, que mesmo preso, se mostrava com muito mais energia do que nós”, continuou o Senador, “ele disse – não quero ninguém chorando, quero que façam o possível para defender a democracia do Brasil, sou inocente, vocês sabem disso e vou provar – essas foram as palavras do presidente Lula para mim naquela 15 metros quadrados” finaliza Paulo Paim. Fonte: Sarah Lima / Stimepa Veja também |