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Olívio Dutra: "Nunca houve avanços sem luta dos trabalhadores" Ex-governador esteve presente no ato de 1º de Maio, na Redenção 02/05/2017 CUT-RS O ex-governador Olívio Dutra, que esteve presente no ato de 1º de Maio, fez um resgate histórico do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, instituído em memória aos mártires de Chicago (EUA). Em 1886, milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de 13 para 8 horas diárias. A mobilização causou a ira dos poderosos. A repressão foi dura com prisões, pessoas feridas e até mesmo operários mortos pela polícia. “Desde sempre, ao longo da história, com o fim da escravidão, com a chegada dos anarquistas europeus no Brasil, com a revolução industrial, com as aparições das primeiras associações protetivas dos trabalhadores, não houve nenhum avanço trabalhista sem que houvesse por trás a luta dos trabalhadores”, salientou o ex-governador, que foi também prefeito de Porto Alegre e presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre. Também deputado federal constituinte, Olívio disse que os sindicatos da CUT eram contra o imposto sindical, como forma de garantir liberdade e autonomia sindical. “E agora esse item volta à pauta no Congresso, mas sob outro viés. Querem tirar essa contribuição, mas não podemos chorar sobre isso”, opinou. Para ele, a medida visa enfraquecer as entidades sindicais, mas deve servir para fortalecer a luta das entidades de baixo pra cima. Estado sob controle público e não privado O ex-governador ainda defendeu que a solidariedade deve ser a marca da luta do povo trabalhador. Olívio afirmou que “se pregamos igualdade de gênero, temos que colocá-la em prática. Somente com a classe trabalhadora organizada e consciente alcançamos a democracia e o avanço dos direitos”, disse. “Perdemos muitas gerações de trabalhadores e, por isso, temos que prosseguir essa luta”, continuou. Para ele, enquanto houver injustiça, “é preciso se indignar e lutar”. De acordo com Olívio, a democracia tem que ser um valor permanente, concreto, vivido e compartilhado de forma justa. “Para isso precisamos do estado sob controle público e não privado”, explicou. “O nosso país está sofrendo um golpe, que é um crime contra os direitos. Atacam a nossa democracia e um projeto coletivo”, apontou defendendo que os trabalhadores devem ser “sujeitos e não objetos da política”. Fonte: CUT-RS Veja também |