Notícias
Junto ao Ministério Público do Trabalho, metalúrgicos debatem ações contra a Reforma Trabalhista . 26/10/2017 Rita Garrido / STIMMMEC Metalúrgicos reuniram-se na última quarta-feira (25) com promotores do MPT, em Porto Alegre Para debater os impactos da Reforma Trabalhista e a possibilidade de parcerias e ações junto ao Ministério Público do Trabalho, reuniram-se na tarde dessa quarta-feira (25) procuradores, integrantes do movimento sindical e da assessoria jurídica da Federação dos Metalúrgicos do RS (FTMRS), representada pelos advogados Lídia Woida e Lauro Magnago, do Escritório Woida, Magnago, Skrebsky, Colla & Advogados Associados. O Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre foi representado pelo presidente,Lírio Segalla, e o tesoureiro Flavio Souza. Participaram também do encontro, que foi realizado na sede do MPT, em Porto Alegre, o presidente e o secretário de comunicação da FTMRS, Jairo Carneiro e Milton Viário, além do presidente do sindicato Canoas e Nova Santa Rita, Paulo Chitolina Segundo o procurador-chefe do MPT, Victor Hugo Laitano, na relação institucional, o órgão sempre teve os sindicatos como grandes parceiros. Frente à proximidade de 11 de Novembro, data em que a Lei 13.456/17 passa a vigorar, o procurador aposta no estreitamento das relações para evitar a precarização das condições de trabalho. “Nós temos que começar a enfrentar a lei, pois não adianta mais ficar discutindo a forma como ela aconteceu”, afirmou. “Temos que aplicar a nova lei com um olhar na constituição e tentar harmonizar isso. Os princípios constitucionais devem prevalecer”. Para a advogada Lídia Woida, o posicionamento e a análise dos órgãos que atuam em conjunto com o judiciário são importantes para que se tenha uma orientação clara nas ações de enfrentamento à Reforma. Como exemplo, a advogada citou a recente divulgação dos 125 Enunciados Interpretativos (58 aglutinados e 67 individuais) da Associação Nacional dos Magistrados do Brasil (ANAMATRA), que só reforça que a lei 13.456/17 demanda de uma interpretação cuidadosa dos magistrados do trabalho. ACORDOS INDIVIDUAIS Em concordância ao sentimento dos sindicalistas, Rogério Fleischmann, que atua na coordenação e revisão do MPT, afirmou que a maior preocupação do órgão em relação à Reforma é a retirada do Sindicato. “Inicialmente nós pensávamos que a participação dos sindicatos seria mantida, mesmo com o Negociado sobre o Legislado”, afirmou. Em palestras e debates ao setor empresarial, o procurador afirmou que reforça as fragilidades da nova lei. “O risco que eles correm é que o trabalhador vai alegar em ação o vício de consentimento, porque não é natural que, por exemplo, dentre 500 trabalhadores de uma empresa, nenhum rejeite o banco de horas proposto individualmente”, disse Fleischmann. “Neste contexto, nós estamos jogando o questionamento do por que não continuar negociando com os Sindicatos.” ACESSO À JUSTIÇA ENCAMINHAMENTOS Fonte: Rita Garrido / STIMMMEC Veja também |