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Centrais sindicais querem que governo desista de mudanças no seguro-desemprego Marcha marcada para esta quarta-feira irá pedir a revogação das MPs 28/01/2015 Mesmo que o governo sinalize com a modificação das novas regras trabalhistas, que fazem parte das duas medidas provisórias (MPS) editadas no final de dezembro, as centrais sindicais afirmam que manterão a posição de não aceitar nenhuma mudança que possa atingir os direitos dos trabalhadores. Um encontro entre representantes do executivo federal e das centrais está marcado para o próximo dia 3, em São Paulo. Antes disso, na quarta-feira, uma marcha irá pedir a revogação das MPs. O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, afirmou que a posição da central é não ceder. No final de dezembro, o governo editou as MPs 664 e 665, que alteram os prazos para o acesso ao seguro-desemprego, que tem como fonte de recursos o FAT, e modificam as pensões por morte e auxílio-doença, entre outras alterações. Na quarta-feira, as centrais sindicais irão realizar, pela manhã, uma marcha em várias capitais para exigir a revogação dessas novas regras. Em São Paulo, o ato deve ter início às 9h, no vão do Museu de Artes de São Paulo (MASP). Para Torres, é preciso melhorar os mecanismos de arrecadação do FAT. Esse fundo é formado a partir de contribuições do PIS/PASEP, tributo pago pelas empresas. Entre as proposta do dirigente está a solicitação de algum tipo de compensação por parte das empresas que foram beneficiadas pela redução do PIS/Cofins, mas que demitiram funcionários. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) também se mostrará contrária a qualquer tipo de alteração. O secretário de finanças da entidade, José Quirino, acrescentou ainda que a maior preocupação do governo deveria ser a busca por soluções para reduzir a rotatividade dos trabalhadores, o que limitaria os gastos com seguro-desemprego. Os sindicalistas aproveitaram ainda para criticar o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que na semana passada, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suiça), afirmou que o seguro-desemprego era ultrapassado.
Fonte: O Globo Veja também |