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Por que celebramos o Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha? Luta por igualdade e valorização das mulheres negras no mundo do trabalho também é uma pauta do movimento sindical 25/07/2024 Celebrado no dia 25 de julho, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha é um marco de luta e resistência e serve para reafirmar a necessidade de enfrentamento ao racismo e ao sexismo vivido até hoje pelas mulheres. A data serve ainda para conscientizar a população sobre como a discriminação e a violência vivenciada pelas mulheres negras afetam a sociedade como um todo e sobre a importância de todos nos somarmos a essa luta em defesa da igualdade racial, de gênero e social. No mundo do trabalho, apesar de avanços, a desigualdade entre homens e ainda persiste. De acordo com estudo do Dieese, publicado no começo de 2024, a presença feminina corresponde a 20% da categoria de trabalhadores metalúrgicos. Para se ter uma ideia das diferenças existentes entre homens e mulheres e mulheres negras, ainda conforme a publicação, após a pandemia, no quarto trimestre de 2023, as mulheres representavam a maioria dos desocupados (54,3%), dentre as quais 35,5% eram negras e 18,9%, não negras.
Mulheres negras na metalurgia Ainda sob a análise de cor/raça, além das dificuldades de inserção e permanência enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho, a valorização e remuneração também são desiguais. As metalúrgicas negras receberam, em média, 22,9% a menos que os homens negros; mas se analisarmos a remuneração das negras em comparação com os homens não negros, elas receberam 45,3% a menos. Na análise por cor, as mulheres pretas receberam 48,3% a menos em comparação aos homens não negros, enquanto as pardas tiveram remuneração 44,8% menor, na mesma base de comparação. O Rio Grande do Sul é o terceiro estado com maior número de mulheres metalúrgicas, com 11% de trabalhadoras neste setor, atrás apenas de São Paulo (39%) e Minas Gerais (12%). Junto com Santa Catarina (10%), Paraná (8%), Amazonas (6%) e Rio de Janeiro (4%), os sete estados comportam a grande maioria das mulheres metalúrgicas, representando 90% da distribuição do total da categoria no país. Já com relação à remuneração de homens e mulheres, dentre essas localidades, o estado gaúcho é o quarto com maior diferença salarial, com as mulheres ganhando cerca de 23% a menos que os homens. A maior diferença salarial ocorre no Amazonas (-27,7%); seguido de Minas Gerais (-26,3%), Santa Catarina (-25,4%), Rio Grande do Sul (-23,1%), São Paulo (-20,7%), Paraná (-17,7%) e Rio de Janeiro (-6,4%). Veja também |