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CUT orienta militância a se manifestar, cada vez mais, pela pauta da classe trabalhadora Na Plenária da CNM/CUT, Vagner Freitas, destacou papel do sindicalismo na atual conjuntura e defendeu o fortalecimento dos macrossetores da Central 21/06/2013 A Central Única dos Trabalhadores está orientando a sua militância a participar das manifestações que estão ocorrendo no país, levando para as ruas, cada vez mais, as suas reivindicações em defesa da classe trabalhadora – como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40 horas, o combate ao PL 4.330/2004 (terceirização), entre outras. “O que estamos assistindo é um movimento legítimo e boa parte das reivindicações que está nas ruas integra a nossa pauta. A CUT sempre defendeu que o país tenha políticas públicas que se traduzam em serviços de qualidade na educação, na saúde, no transporte público. Por motivos como estes já fomos às ruas, inclusive na Marcha a Brasília realizada em março e vamos agora novamente”, destacou nesta quinta-feira (20) o presidente nacional da Central, Vagner Freitas, na Plenária Estatutária da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT). O evento, iniciado ontem (19), reúne 150 dirigentes de sindicatos de metalúrgicos cutistas de todo o país e foi convocado para debater as estratégias de atuação da categoria, em especial a sua intervenção nos fóruns tripartites de política industrial e sua organização nacional por setores. Vagner Freitas participou, ao lado do presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, e do secretário geral da CUT, Sérgio Nobre, do painel “Os/as Trabalhadores/as e o Macrossetor da Indústria da CUT”, que integrou a programação da Plenária e foi coordenado pela metalúrgica Christiane dos Santos, secretária de Igualdade Racial da CNM. Paulo Cayres também destacou a importância deste momento para a vida do país, mas lembrou que o movimento sindical cutista deve estar preparado para defender com toda a sua garra os direitos dos trabalhadores conquistados até aqui e propiciados pelo projeto de governo que está sendo implantado no Brasil há 10 anos. “Não podemos permitir que queiram destruir tudo o que conquistamos depois de mais de 30 anos de lutas”, ressaltou Paulão. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, que participou da mesa seguinte da Plenária, também defendeu a legitimidade do movimento, acrescentando que este é o momento para que as entidades sindicais reflitam sobre a sua forma de atuação. “Precisamos abrir nossas entidades para o diálogo com esse movimento. Esses jovens precisam saber que têm casa à disposição para discutir política. Temos de estar abertos e trazer para nossas entidades essas lideranças que podem surgir neste momento”, afirmou Marques, que também é vice-presidente estadual do PT e presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC. Macrossetor Freitas e Nobre destacaram a importância da organização dos trabalhadores nos macrossetores da CUT, dizendo que esta forma permite enfrentar o novo momento do capitalismo mundial. “O mundo passa por transformações e nossa estrutura também tem de mudar, nos capacitando melhor para enfrentar os desafios. O Plano Brasil Maior é um exemplo concreto disso. Os trabalhadores de setores com mais acúmulo de organização, como os metalúrgicos, conquistaram avanços importantes nesse fórum”, assinalou o secretário geral da CUT, referindo-se ao Programa Inovar-Auto. “Os setores com menos acúmulo não conseguiram apresentar propostas no PBM”, completou. Vagner Freitas disse que o macrossetor da indústria da CUT está auxiliando na qualificação da organização das entidades que o compõem (metalúrgicos, químicos, têxteis e construção civil). “É a forma mais adequada de organização para o atual estágio do capitalismo. Precisamos de um sindicalismo forte e consistente. E não duvido que caminhemos para a criação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da CUT”, afirmou Freitas. Sérgio Nobre, por sua vez, lembrou que a fusão de entidades sindicais está acontecendo em várias partes do mundo, como mecanismo para enfrentar esta nova fase das relações capital-trabalho. “Hoje já deveríamos ter organização por ramo. Acho que o macrossetor é um caminho acertado adotado pela CUT”, enfatizou.
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