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Dia Nacional de Mobilizações: metalúrgicos presentes na luta!
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30/05/2015


Trabalhadores/as de várias categorias mostram união e organização rumo à Greve Geral


Em todas as regiões do país, milhares de metalúrgicos da CUT trocaram o início do expediente da sexta-feira, 29 de maio, pela luta. Eles atenderam à convocação da CUT e outras entidades do movimento social organizado e protestaram contra a terceirização ilimitada e escravizante, contra a redução ou retirada de direitos e contra o ajuste fiscal, medidas tomadas por um Congresso Nacional conservador e patronal, e um governo federal que coloca as finanças da União acima de tudo e, em vez de taxar as grandes fortunas e combater a sonegação empresarial, diminui despesas mexendo em importantes direitos previdenciários da classe trabalhadora.

No geral, as mobilizações foram ordeiras e pacíficas por parte dos manifestantes, e sem violência e repressão por parte das forças policiais. A participação de várias categorias, especialmente dos trabalhadores dos transportes públicos (ônibus, metrôs etc), que aderiram em peso nos grandes centros urbanos, garantiu o sucesso do Dia Nacional de Mobilizações e mostraram a viabilidade de uma futura greve geral.

A população apoiou as manifestações e, no geral, entendeu que as paralisações, bloqueios, marchas e outros atos públicos foram necessários para mostrar a insatisfação da classe trabalhadora.

MOBILIZAÇÕES

No país, o destaque ficou por conta da região do ABC paulista. Mesmo sob forte chuva, mais de 50 mil trabalhadores/as metalúrgicos de sete cidades participaram da mobilização iniciada após concentração na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo.

Na base de Porto Alegre e região, a chuva e o frio também não impediram que mobilizações fossem promovidas em pontos estratégicos nas primeiras horas da manhã, como ruas, avenidas, portas de fábricas e garagens das principais linhas de ônibus.

No meio da manhã, os militantes de toda a região metropolitana se concentraram em alguns locais da capital, como a Praça Pinheiro Machado, a Rótula do Papa e o Largo Zumbi dos Palmares, de onde saíram em passeata até o Centro da cidade, rumo ao Palácio Piratini.

Cerca de 10 mil manifestantes participaram dos protestos que, desta vez, foram dirigidos aos governos municipal e estadual, que, alegando crise, estagnaram investimentos e não atendem às reivindicações dos professores e demais servidores públicos, muitos dos quais em greve.

As mobilizações foram encerradas por volta das 14 horas com o grito de guerra que uniu ainda mais os participantes: “Contra o PL e o ajuste fiscal, o trabalhador vai fazer greve geral!”.

O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, fez uma avaliação positiva da mobilização feita no Estado para contrapor o maior ataque que a classe trabalhadora vem sofrendo desde a criação da CLT. “É esse o preço por termos o Congresso mais conservador da história. Mas, nós não vamos pagar essa conta. Se os nossos parlamentares não tomarem juízo, o Brasil vai parar”, garantiu.

 

 
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