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Frente Povo Sem Medo engrossa luta contra o retrocesso Luta será nas ruas contra as políticas de austeridade, pelo avanço dos direitos dos trabalhadores e enfrentamento ao conservadorismo 06/10/2015 Na próxima quinta (08) será lançada oficialmente a “Frente Povo Sem Medo”, que reúne quase 30 movimentos representados em mais de 15 Estados, entre eles Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), Intersindical, Central do Trabalhador e Trabalhadora Brasileira (CTB), União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora (UNEAFRO), entre outros. O grupo já conta com mais de 100 apoiadores, entre artistas, intelectuais e parlamentares. “No momento político e econômico que o país tem vivido se torna urgente a necessidade de o povo intensificar a mobilização nas ruas, Avenidas e Praças, protagonizada pelos movimentos sociais”. Estes trechos da “Carta Convocatória de Lançamento da Frente Povo Sem Medo” lida pelo coordenador do MTST, Guilherme Boulos, na coletiva de imprensa, que aconteceu nesta terça (06) no Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, explicam o objetivo do grupo. Segundo Boulos, a unidade dos movimentos sociais se dará nas ruas e nas lutas contra medidas antipopulares, como o ajuste fiscal escolhido pelo governo, que retira recursos do Minha Casa Minha Vida, por exemplo. “Essa alternativa que eles estão aplicando é a que deu errado na década de 90, que destruiu o Brasil. É a alternativa que está levando a Europa para níveis de desemprego e miséria impressionantes”. “Nós temos sim uma outra alternativa que é a taxação de grandes fortunas, auditoria da dívida pública, resolvendo os verdadeiros problemas fiscais do país”, explicou Boulos. Três eixos norteiam a agenda de mobilizações da Frente Povo Sem Medo. Enfrentamento às políticas de austeridade, enfrentamento ao conservadorismo e saídas para a crise com reformas populares e taxação dos ricos. A Frente Povo Sem Medo será lançada um mês depois da Frente Brasil Popular e gerou dúvidas nos jornalistas presentes na coletiva. Douglas Izzo, presidente da CUT São Paulo, que também está na Frente Brasil Popular (FBP), explicou a diferença entre elas. “O avanços dos direitos e contra qualquer retrocesso são pautas das duas frentes, a diferença é que esta Frente é exclusiva de movimentos sociais e a FBP tem partidos na organização”. Ele também destacou o papel da CUT nas duas frentes. “A CUT apoia, coordena e participa das duas frentes porque ambas atuam em defesa da classe trabalhadora e da população brasileira. A única alternativa que existe do poder de comando é a unidade e organização da esquerda para o enfrentamento contra a direita”, complementa Izzo. “A unidade dos trabalhadores nas campanhas salarias do segundo semestre da CUT também foi pensada nisso. Metalúrgicos e Bancários estão se mobilizando contra os patrões que também acham que quem vai pagar a conta da crise são os trabalhadores e nós não deixaremos. Muitas greves ainda vão acontecer”, destacou o dirigente. Para o coordenador do MTST, os movimentos de direita estão surfando na indignação e insatisfação social e tentando canalizar isso com objetivos de intolerância, de retrocesso sociais e políticos no país. “É querer apresentar uma alternativa andando para trás. Nós não concordamos com estas saídas”. “O povo não tem medo na investida conservadora que quer pôr a mão nos direitos dos trabalhadores. O nosso método de fazer enfrentamento é nas ruas, com o povo”, finaliza Boulos. A Frente já escolheu sua marca: uma mão que demonstra a luta. A bandeira será lançada no próximo dia 8, assim como um manifesto público que será apresentado e o chamado para uma grande mobilização nacional com o mote “O povo não pode pagar pela crise”, prevista para dia 8 de novembro, um mês depois do lançamento oficial da Frente. Programação do Lançamento oficial da “Frente Povo Sem Medo” Às 19h acontecerá a abertura com atividade Mística e em seguida será feita a leitura de um manifesto e fala dos apoiadores. Por volta das 21h40, será lançado um vídeo da frente com histórico de mobilizações e a seguir, haverá uma convocação de luta.
Fonte: Érica Aragão
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