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Outubro Rosa: 31 dias de luta mundial contra o câncer de mama O uso da cor rosa na iluminação de prédios e nas peças publicitárias é compreendido como uma união dos povos pela saúde feminina, especialmente para estimular a detecção precoce do câncer de mama 01/10/2013 Movimento estimula detecção precoce do câncer de mama O movimento popular Outubro Rosa é internacional. Em qualquer lugar do mundo, o uso da cor rosa na iluminação de prédios e nas peças publicitárias é compreendido como uma união dos povos pela saúde feminina, especialmente para estimular a detecção precoce de um tipo de câncer curável, mas que mata milhares de mulheres todo o ano: o câncer de mama. São 31 dias dedicados a campanhas de alerta às mulheres para que façam o autoexame e, a partir dos 50 anos, a mamografia, diminuindo os riscos que aparecem nesta faixa etária. Saiba mais sobre o câncer de mama O câncer de mama é a segunda causa de morte entre mulheres no Brasil. Somente no ano de 2011, a doença fez 13.225 vítimas brasileiras. O Rio Grande do Sul tem a segunda maior taxa de mortalidade de câncer de mama no Brasil, com 14,93 mortes para cada 100 mil habitantes. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), à frente está apenas o Rio de Janeiro, com índice de 15,58 mortes. A estimativa do Ministério da Saúde, com base nos dados de população e de taxa de incidência de 2012, é que 316 mulheres de um total de 1.755 casos diagnosticados possam vir a morrer desta doença neste ano na região metropolitana de Porto Alegre (que inclui as cidades da região). Maior conscientização A boa notícia é que o movimento Outubro Rosa, somado a ações e investimentos governamentais, tem elevado o nível de conscientização da população feminina. O ano de 2012 registrou crescimento de 37% na realização de mamografias na faixa prioritária – de 50 a 69 anos – em comparação com 2010, no Sistema Único de Saúde (SUS). Os procedimentos somaram 2,1 milhões no ano passado, contra 1,5 milhões em 2010. Se incluídas todas as faixas etárias, o número de exames realizados no último ano atingiu a marca de 4,4 milhões, representando um crescimento de 26% em relação a 2010. Ações governamentais Em 2011, a presidenta Dilma Rousseff lançou o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, estratégia para expandir a assistência oncológica no País. Atualmente, o SUS tem 277 serviços na assistência oncológica que atendem a 298 unidades hospitalares distribuídas nas 27 unidades da federação para a detecção e tratamento de câncer em todo País. Com o investimento do governo federal, mais de 3,6 milhões de sessões de radioterapia e quimioterapia foram feitas pelo SUS, com investimento de R$ 491,8 milhões. As cirurgias oncológicas também representam a preocupação com o combate à doença. No ano passado, foram investidos R$ 16,8 milhões. Para agilizar o acompanhamento dos serviços oncológicos, o Ministério da Saúde criou o Sistema de Informação do Câncer (Siscan). O software, disponível gratuitamente para as secretarias de saúde, permite o monitoramento do atendimento oncológico na rede pública por meio da inserção e processamento de dados, gerido pelo Ministério da Saúde. O sistema funciona em plataforma web e já tem a adesão dos 27 estados brasileiros, dos quais 17 já começaram a inserir os dados no sistema. O prazo para substituição dos demais sistemas pelo Siscan termina em janeiro de 2014. A cobertura das informações também se estenderá a todos os tipos de câncer. Até o momento, o sistema já recebeu mais de 104,3 mil requisições de exames, sendo 39,6 mil referentes a mamografias. Para este ano, o Ministério da Saúde instituiu a centralização da compra do L-Asparaginase. Usado no tratamento de câncer, o medicamento era comprado pelos serviços do SUS habilitados em oncologia. A medida foi tomada após a empresa brasileira que distribuía o medicamento comunicar ao governo federal a interrupção do fornecimento por parte de uma empresa estrangeira. A partir de 2015, o L-Asparaginase passa a ser produzido no Brasil por meio de parceria firmada em junho entre a Fiocruz e os laboratórios privados NT Pharma e Unitec Biotec. Assim, o país fica livre de ser surpreendido pela suspensão da oferta por uma empresa privada internacional sem atividades produtivas no País.
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