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Sindicalistas debatem saúde do trabalhador em plenária da CUT-RS Plenária foi realizada no dia 22, na sede da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado do RS 22/01/2014 A plenária da Saúde do Trabalhador da CUT-RS aconteceu na tarde desta quarta-feira, 22, na sede da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado do RS. O objetivo era eleger os delegados que irão participar da I Conferência de Saúde do Trabalhador da CUT, que será realizada em São Paulo de 23 a 25 de abril de 2014. Na abertura da atividade, o secretário de Saúde do Trabalhador da CUT-RS, Mário Reis e a secretária adjunta de Saúde do Trabalhador, Helena Mari Rocha da Costa deram boas vindas aos participantes e falaram da necessidade de debater a saúde do trabalhador nos dias atuais. “A participação dos sindicatos nos espaços de discussão sobre a saúde ainda é muito pequena, precisamos mudar isso e intensificar o debate entre nós”, declarou Reis. O dirigente também salientou que até a Conferência da CUT, a ideia é realizar mais três encontros com o Coletivo de Saúde estadual. O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, lembrou também que as plenárias e conferências da CUT são preparatórias para a Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, que também terá atividade nas macrorregiões do estado e essas etapas são fundamentais para enriquecer o debate nacional. “Debater a saúde do trabalho é uma parte importante desse momento de pleno emprego que vivemos no país. Pois esse desenvolvimento não pode ser as custas dos trabalhadores que sofrem acidentes de trabalho e doenças ocupacionais”, acredita ele. Nespolo disse ainda que a CUT reafirma essa posição e não aceita o argumento das federações patronais de que as doenças ocupacionais são uma consequência natural na vida do trabalhador. “Precisamos combater essa ideia e exigir políticas públicas para mudar esse cenário.” Após a abertura, o médico do trabalho do Fórum Sindical da Saúde de Trabalhador (FSST), Dr. Rogério Dornelles abordou o assunto, afirmando que é impossível falar em saúde do trabalhador sem considerar a saúde em geral. Para o médico, a qualificação dos trabalhadores dentro dos Conselhos de Saúde melhorou com a inserção dos representantes sindicais. “Somos capazes de fazer essa disputa com outros setores da sociedade”, garante. De acordo com ele, é o trabalhador e a sociedade que sofrem com o descaso nessa área. O indivíduo que tem sua vida, como um todo, prejudicada e a sociedade, porque leva muito tempo a reinserir esse trabalhador no mercado novamente. Outro ponto destacado pelo médico foi o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP) do INSS. O NTEP é uma metodologia que identifica quais doenças e acidentes estão relacionados com a prática de determinada atividade profissional. “Porém, há um grande número de fraudes em todo esse sistema. Quando se relaciona a doença com um trabalho, se identifica um culpado. Diante disso, por lei, o governo pode aumentar o imposto da empresa culpada. Para evitar isso, muitos empresários e até pessoas no INSS manipulam as informações”, explicou Dorneles.
Fonte: Renata Machado (CUT-RS) Veja também |