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Dilma inaugura plataforma e garante que "não haverá desemprego na indústria naval" A P-58, que será instalada na Bacia de Campos, vai produzir 180 mil barris/dia de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás 08/11/2013 Em Rio Grande (RS), durante cerimônia de conclusão da plataforma P-58, presidente afirmou que a demanda na indústria naval será enorme nos próximos anos e que a inauguração marca a retomada do setor; "É impossível que haja algum risco de não haver contratos para produção de equipamentos e navios. A dificuldade vai ser outra, é que nós temos de ser capazes de produzir", disse Dilma aos trabalhadores.
"É impossível que haja algum risco de não haver contratos para produção de equipamentos e navios. A dificuldade vai ser outra, é que nós temos de ser capazes de produzir com prazo e qualidade esses navios, plataformas. Vamos ter de dar conta. Nesse Campo de Libra, só para terem uma ideia, de plataforma está entre 12 a 16 plataformas. Isso significa que teremos demandas extras (...) Não há a menor, mas a menor possibilidade de não haver empregos na indústria naval do Brasil. Quero dizer para vocês, é o meu compromisso com vocês, eu vou zelar por isso, eu vou cuidar para que isso ocorra, vou brigar para que isso ocorra", disse. Dilma Rousseff lembrou da luta para reerguer a indústria naval e afirmou que se hoje o Brasil tem uma das menores taxas de desemprego no mundo, com situação de quase pleno emprego, é porque várias indústrias foram retomadas, inclusive a indústria naval. "A gente fica muito feliz quando vê uma coisa pela qual se lutou, que diziam que não era possível, que falavam que eu e a Graça Foster estavam doidas. Quando começamos um processo de discussão sobre produzir no Brasil aquilo que fosse possível, principalmente sobre a indústria naval. Era 2003, nunca canso de contar isso. Era ministra de Minas e Energia do Lula. A Graça era secretária de Gás e Petróleo. A nós duas foi dada a tarefa de que tinha que construir plataforma no Brasil. É bom lembrar que naquele momento não tinha plataforma construída no Brasil. A indústria naval, que tinha sido uma indústria forte no Brasil, praticamente tinha desaparecido. Achávamos absurdo que não fosse possível construir plataforma e navio no Brasil". Aos trabalhadores da P-58, a presidente citou a lei que garante recursos do petróleo para a educação e saúde e disse que eles, ao ajudar a tirar o petróleo do mar, também estão contribuindo para tornar a educação uma alavanca para o desenvolvimento do país. "Educação é algo que pode transformar o nosso país. Isso vocês são responsáveis, porque são vocês que estão viabilizando que esse país possa usar essa imensa riqueza que é Libra para investir em educação. Digo isso porque acho que tá tudo ligado. O petróleo tem que ter conteúdo nacional. O petróleo tem de virar a maior força e crescimento para o Brasil, melhorar nossa balança comercial. Pode também transformar esse país em desenvolvido e que as pessoas tenham acesso ao conhecimento". "Conclusão da P-58 mostra retomada da indústria naval brasileira" Em entrevista para as rádios Bandeirantes AM e Cultura Riograndina, pela manhã, Dilma afirmou que a conclusão da plataforma P-58 é um exemplo do ressurgimento da indústria naval brasileira. A presidente lembrou que a indústria naval chegou a ter apenas dois mil trabalhadores em 2003 e que hoje o setor emprega 73 mil pessoas. "A P-58 faz parte desse esforço que nós fizemos para mudar a questão do estaleiro. Essa é outra coisa que eu também sou apaixonada, estaleiro. Fomos player em 1982, aí acabou a indústria naval, ela foi praticamente destruída. Em 2003 tinham dois mil trabalhadores, hoje tem 73 mil trabalhadores, cada plataforma emprega em torno de cinco mil trabalhadores", disse. Dilma foi a Rio Grande (RS) para visitar as obras de construção dos cascos das plataformas P-66 e P-67 e para participar da cerimônia de conclusão da P-58. A plataforma vai produzir diariamente 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás. A P-58 será instalada no Campo de Baleia Azul, na Bacia de Campos, a cerca de 85 quilômetros da costa do Espírito Santo, em águas com profundidade de 1.400 metros. Ela será ligada a 9 poços injetores de água e a 15 poços produtores por meio de 250 quilômetros de dutos flexíveis, que conduzirão o óleo até a plataforma. Veja também |