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Centrais querem destravar negócios para recuperar empregos Objetivo é dialogar com empresários e governos e lutar para que a economia volte a crescer a crescer a médio e longo prazo com a recuperação dos empregos e da renda 09/11/2015 Preocupadas com a crise econômica e social, gerada pelo desemprego, arrocho salarial e inadimplência, as principais Centrais Sindicais brasileiras pretendem dialogar com os empresários para destravar os negócios de setores e empresas ligados à operação Lava-Jato. Os sindicalistas querem negociar com o governo a liberação das operações dos segmentos de óleo e gás, construção civil e naval e engenharia. Estimativa do movimento sindical dá conta que existem 30 grandes empresas envolvidas na Lava-Jato. Assim, acreditam os representantes do movimento sindical, a economia voltará a crescer a médio e longo prazo com a recuperação dos empregos e da renda. Eles vão elaborar um conjunto de propostas que serão entregues ao governo e ao Congresso Nacional, no dia 9 de dezembro, a fim de abrir negociações visando superar a crise. A cobrança de uma solução institucional para o impasse hoje vivido pelas companhias, cujas operações estão bloqueadas em decorrência da Operação Lava-Jato, é vista como prioridade pelos sindicalistas. “A batalha contra a corrupção deve ser travada por todos, mas o Brasil não pode ser paralisado por isso”, diz a nota conjunta das entidades dos trabalhadores. Petrobras O diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, resumiu as propostas aprovadas na reunião: “A retomada de contratos entre Petrobras e empreiteiras do setor petróleo e gás tem de se dar imediatamente. O movimento sindical vai apresentar propostas para essa solução institucional, após uma discussão com os empresários”. Denúncias Por isso, será um desafio separar a apuração das denúncias de corrupção dos demais negócios da Petrobras. De acordo com técnicos do Dieese, a empresa representa aproximadamente 12% do PIB (Produto Interno Bruto), e tem um volume de investimento significativo. O movimento pretende colher sugestões de acadêmicos, representantes do setor empresarial e dos trabalhadores. A reunião das entidades foi realizada, dia 9 de novembro, na sede Dieese, em São Paulo. Participaram representantes da Força Sindical, CUT, UGT, CTB, e da Federação Única dos Petroleiros (FUP). Entre as entidades patronais que serão procuradas nos próximos dias, estão o Sinduscon e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), ambas do setor da construção civil. Desempenho do setor metalúrgico vai mal ... O setor metalúrgico vem perdendo dinamismo em todos os segmentos de suas atividades, com queda mais acentuada para o segmento de Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos e de Veículos automotores, reboques e carrocerias. Esta menor produção tem impacto no mercado de trabalho, que já fechou 182 mil postos de trabalho no setor, no acumulado do ano, informa o Boletim da Rede Metalúrgicos, do Dieese. Ainda de acordo com o levantamento do Dieese, as regiões que mais reduziram postos de trabalho foram a Sudeste e o Sul, que juntamente, com o Amazonas, representaram redução de 173 mil postos de trabalho, ou seja, 95% dos desligamentos estão concentrados nestas regiões. A retração do crédito, a volatilidade do câmbio e o menor dinamismo das economias centrais e da China são fatores que podem explicar este comportamento. Diante deste cenário tão controverso, o Dieese explica que algumas medidas podem contribuir para alterar a trajetória de queda do setor, como a previsão de R$ 198 bilhões de investimento nos próximos anos contemplada no Plano de Investimento em Logística (PIL) com a melhoria na infraestrutura e nos transportes. Também pode ter impacto positivo o Plano de Investimento em Energia Elétrica (PIEE) que busca proporcionar competitividade para a indústria com maior oferta de energia. Veja também |