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Proteção social e desenvolvimento econômico são estratégicos para a China
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18/07/2017


Avaliação é de metalúrgicos da CUT que participam de missão naquele país para intercâmbio sindical


 A China tem uma política que pensa no trabalhador, no desenvolvimento e agora também no meio ambiente. Ao contrário do que é apregoado, não há precarização e as condições de trabalho são semelhantes às dos brasileiros. A percepção é do presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT/SP (FEM-CUT/SP), Luiz Carlos da Silva Dias, e também é compartilhada pelo presidente da FEM-CUT/MG, Marco Antonio de Jesus.

Os dois dirigentes integram a delegação de metalúrgicos da CUT em missão àquele país asiático, para intercâmbio de informações e para conhecer de perto a realidade da indústria e dos trabalhadores chineses. A missão foi organizada pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

A delegação de sindicalistas brasileiros chegou em Pequim, capital do país, no último sábado (15), e também conta com o secretário geral da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, os presidentes dos Sindicatos dos Metalúrgicos de Sorocaba (SP) e de Porto Alegre (RS), Leandro Soares e Lírio Segalla Martins Rosa, e os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Rafael Marques, Nelsi Rodrigues (Morcegão) e Wellington Damasceno. Eles estão acompanhados pelos técnicos do Dieese André Cardoso (CNM/CUT), Luiz Paulo Bresciani (ABC) e Leandro Horie (CUT Nacional).

Com apoio da Câmara de Comércio de Desenvolvimento Internacional Brasil China, os metalúrgicos da CUT cumprem uma agenda de visitas a empresas de vários setores industriais e encontros com sindicalistas e representantes de universidades (leia aqui matéria sobre a primeira etapa da missão). Além disso, estão conhecendo ícones da cultura e da história daquele país.

Luizão avaliou que é visível a preocupação do governo chinês com o emprego e o desenvolvimento econômico e com a preservação da cultura. “Percebemos que a proteção aos trabalhadores tende a aumentar. Hoje, eles têm jornada de 40 horas e, na categoria metalúrgica, ganham entre R$ 3.500 e R$ 4.000. E, como o custo de vida é menor do que no Brasil, o poder de compra dos salários é maior”, afirmou o dirigente paulista.

Na opinião do economista Leandro Horie, a evolução do mercado de trabalho é visível nas ruas das grandes cidades chinesas, com o desenvolvimento sendo sentido na prática e com o aumento do consumo. Segundo ele, hoje a política do Estado é centrada no investimento grande no meio ambiente, com planejamento de longo prazo, na redução da desigualdade social e medidas para garantir o desenvolvimento.

“O Estado é forte na economia. Ele direciona, planeja, coordena a execução, avalia e, se for o caso, modifica o mix de produção das empresas, todas elas públicas. Os chineses não estão parados e sempre focam em setores que acham relevantes”, assinalou Horie.

 


Grupo conhece equipamento que trata água sem produtos químicos

Água potável
Nesta terça-feira (18), a delegação esteve na cidade de Yíxīng e visitou a Companhia de Água Dágé, que aplica uma tecnologia desenvolvida em parceria com a Universidade McGill, do Canadá, de tratamento de água de rios poluídos sem uso de produtos químicos. “A água fica potável e com qualidade para consumo humano”, contou Marco Antonio.

A parceria é uma joint venture entre China e a universidade canadense, para a produção do equipamento que trata a água sem uso de componentes químicos e sem deixar resíduo. “Os chineses desenvolvem a máquina, vão deter a patente e enviar os equipamentos para o Canadá. A eficiência é altíssima e o custo de tratamento de água, reduzido”, explicou Leandro.

O presidente da FEM-CUT/MG lembrou que a tecnologia deste sistema de tratamento de água poderia ser aplicada em áreas como Mariana, que ainda hoje sofre os efeitos do desastre ambiental provocado pelo rompimento da barragem da Samarco, em 2015.

Programação
Na programação dos metalúrgicos da CUT, ainda em Yíxīng está prevista para esta quarta-feira visita ao Parque Nacional da Indústria Ecológica e a uma indústria de iluminação. Depois, a delegação segue para Xangai.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)

 
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