Notícias
Região Metropolitana de Porto Alegre tem maior desemprego desde julho de 2009 A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) registra 12% de desocupação 29/11/2017 O desemprego disparou em outubro na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), contrariando tendência dos últimos meses de queda e certa estabilidade, além da expectativa de maior oferta de vagas no segundo semestre e no final do ano. A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) registra 12% de desocupação, a maior desde julho de 2009. O indicador ficou 1,7 ponto percentual acima de setembro, que havia ficado em 10,3%. É o maior desemprego para outubro desde 2007, quando o dado foi de 12,4%, e a maior taxa em 2017. Analistas da pesquisa cogitam que o reaquecimento da taxa pode ter relação com a reforma trabalhista. O recrudescimento das taxas acontece desde o fim de 2015, com a intensificação da desaceleração da economia e instalação do quadro recessivo. Os anos de 2016 e 2017 são marcados por índices acima de 10%. Ontem, além da RMPA, também São Paulo e Distrito Federal, que têm a PEDs, tiveram aumento da taxa de desemprego, mas em menor medida que o da região gaúcha. São Paulo saiu de 17,8% para 17,9%; DF, de 18,7% para 18,8%. Salvador ficou estável, em 23,7%. Os números divulgados, na sede da FEE, assinalaram que a RMPA alcançou volume de 222 mil desempregados ante 193 mil de setembro. Ou seja, são 29 mil trabalhadores a mais no mercado em busca de trabalho. O acréscimo foi de 15% frente ao mês anterior e de 6,2% em relação a outubro de 2016. Há 12 meses, a taxa estava em 10,8%. Na ocupação, o saldo foi de 46 mil pessoas que perderam colocação em relação a setembro. Em 12 meses, são 96 mil pessoas que ficaram sem trabalho. A região soma 1,632 milhão de pessoas. A População Economicamente Ativa (PEA) ficou em 1,854 milhão de pessoas, 17 mil a menos que em setembro. A queda indica menor contingente brigando por vaga, o que pode ter evitado desemprego ainda maior. “Há uma queda principalmente de vagas com carteira assinada”, destaca Iracema. Até os autônomos recuaram, depois de crescer em volume no ano, apontam FEE, Dieese e Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (Fgtas). Foram 13 mil postos a menos, e nos domésticos, saldo negativo de 8 mil oportunidades. O rendimento médio real ainda teve um leve fôlego de 0,5% para ocupados e de 0,7% para assalariados. “Mas é importante salientar que esses dados refletem ainda a situação em setembro, pois os valores apurados são do mês anterior. É possível que, em novembro, tenhamos o reflexo do aumento da desocupação”, esclarece a economista da FEE Cecília Hopf. Veja também |