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Pesquisa CUT-RS/Ipesa comprova que maioria dos gaúchos quer diretas já e é contra reformas de Temer e privatizações . 01/06/2017 Mais de 80% querem diretas já A maioria dos gaúchos quer eleições diretas já e se manifesta contra as reformas da Previdência e trabalhista e a venda de empresas públicas, conforme pesquisa encomendada pela CUT-RS e realizada pelo Instituto de Pesquisa Social e Acessibilidade (Ipesa). O objetivo da consulta foi ouvir a população sobre a crise política do país e os principais projetos apresentados pelo governo ilegítimo Michel Temer e pelo governador José Ivo Sartori, ambos do PMDB. Segundo o professor Ottmar Teske, do Ipesa, o levantamento foi feito de 23 a 27 de maio em 63 municípios das sete mesoregiões do Rio Grande do Sul, tendo sido entrevistados 1.503 eleitores (54,9% mulheres e 45,1% homens). A amostra levou em contra empregados e desempregados de diferentes idades, faixas etárias, escolaridade e renda familiar. Teske explica que ”a pesquisa tem como base um cálculo mínimo de amostra, uma confiança de 95% e os erros máximos de estimação de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos”. 82,6% querem diretas já Conforme a consulta, 82,6% dos entrevistados optaram por eleições diretas já para resolver a atual crise política do Brasil. Apenas 6,6% escolheram eleições indiretas no Congresso Nacional e 5,7% não opinaram. Além disso, 0,7% indicaram a volta do Exército, dentre outras sugestões que ficaram abaixo de um ponto percentual. “Esses números confirmam o que observamos desde a greve geral de 28 de abril. O povo está compreendendo a natureza do golpe parlamentar, midiático e jurídico de 2016, que piorou a economia do país e impôs uma agenda de retrocessos. O golpista Temer não tem condições de governar e 14 milhões de desempregados não podem esperar 2018”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. “O Congresso Nacional, repleto de parlamentares envolvidos em denúncias de corrupção, não tem legitimidade para escolher um novo presidente. A solução é diretas já para restabelecer a democracia, a credibilidade e a soberania do Brasil. Assim o país terá condições políticas para aquecer a economia, gerar empregos e voltar a crescer”, salienta Claudir. 71,3% são favoráveis ao “Fora Temer” A pesquisa revela também que 71,3% dos entrevistados são favoráveis às manifestações de rua contra o governo, o “Fora Temer”. Somente 15,2% são contrários e 13,4% são indiferentes. “Esses dados revelam o sentimento do povo, que cada vez mais se manifesta para erguer a voz contra o governo golpista e usurpador. Os trabalhadores do campo e da cidade, com a força da juventude e dos movimentos sociais, têm mostrado que a saída é se levantar do sofá e tomar as ruas para evitar o golpe dentro do golpe”, enfatiza Claudir. 72,4% são contra a reforma da Previdência de Temer A consulta aponta que 72,4% dos entrevistados são contra a reforma da Previdência, que representa trabalhar até morrer ou morrer trabalhando. Apenas 9,9% são favoráveis, enquanto 16,3% não opinaram ou são indiferentes, e 1,4% desconhecem o assunto. Para o presidente da CUT-RS, “a grande maioria dos gaúchos diz aos deputados e senadores que rejeita o fim da aposentadoria, apesar da propaganda mentirosa do governo Temer e da manipulação da mídia, que quase não abre espaço para mostrar que o déficit é um mito e que é preciso cobrar os devedores, combater os sonegadores e acabar com as desonerações fiscais e a retirada de recursos da Previdência”. 62,4% são contra a reforma trabalhista de Temer A pesquisa revela que 62,4% dos entrevistados são contra a reforma trabalhista de Temer, que rasga a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), acabando com direitos históricos da classe trabalhadora. Somente 22,8% são favoráveis, 10,4% não opinaram ou são indiferentes e 3,4% desconhecem o assunto. Outras sugestões ficaram abaixo de um ponto percentual. Claudir destaca que esses dados comprovam que “a maioria dos gaúchos avisa os senadores que rejeita o fim da CLT e dos direitos trabalhistas, que nunca foram empecilho para gerar empregos e fazer o Brasil crescer. Essa reforma só interessa à turma do pato amarelo da Fiesp e outras federações empresariais, que estão cobrando a fatura do golpe e querem retroceder as relações de trabalho ao tempo da escravidão”. 67,6% são contra a venda de empresas públicas A consulta exibe que 67,6% dos entrevistados são contra a privatização das empresas públicas CEEE, Sulgás, Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Corsan, Banrisul, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobrás. Apenas 22% são favoráveis, enquanto 7,7% não opinaram e 2,8% são indiferentes. “A maioria dos gaúchos é contra a venda do patrimônio público, dando uma resposta ao governo Sartori que quer fazer um plebiscito para entregar a CEEE, Sulgás e CRM, além de colocar em risco as demais estatais gaúchas, diante do plano de ajuste fiscal que está negociando com o governo Temer. Nenhuma privatização melhorou até hoje a vida do povo, apenas lesou e prejudicou o estado e o país, aumentou tarifas e serviços e precarizou o trabalho”, aponta Claudir. Nova greve geral O presidente da CUT-RS avalia que esses dados comprovam que as centrais sindicais estão em sintonia com a população ao anunciar a realização de uma nova greve geral, cuja data entre os dias 26 e 30 de junho será definida em reunião na próxima segunda-feira (5), em São Paulo. “Vamos fazer uma nova greve geral, maior ainda do que a de 28 de abril, e concluir a marcha histórica em 24 de maio em Brasília para barrar as reformas da Previdência e trabalhista, e exigir Fora Temer e diretas já para que o povo escolha democraticamente um novo presidente e possamos virar a página do golpe”, conclui Claudir. Fonte: CUT-RS
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