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Para combater o ódio, Frente Povo Sem Medo será lançada nesta quinta, 8 de outubro Grupo nasce com desafio de mudar a política nas ruas e responder com mobilização à onda conservadora 05/10/2015 Muitas medidas antipopulares e manobras ameaçam a democracia, como a regulamentação da terceirização sem limites, contrarreforma política, redução da maioridade penal e o estatuto da família. Além das pautas conservadoras, uma parte da sociedade semeia a intolerância e o ódio seletivo nas ruas e nas redes. Ações que tiveram mais um título capítulo nesta semana. Nesta segunda (05) folhetos com os dizeres “Petista bom é Petista morto” foram jogados no local onde foi velado o corpo do ex-presidente da Petrobrás e ex-presidente do PT, José Eduardo Dutra. O ex-dirigente do PT morreu neste domingo (04) na capital mineira, vítima de câncer. Não bastasse isso, pessoas com cartazes na porta do velório diziam que “Lula amigo seu nem morto” e “Lula sua hora tá chegando”. Ações como essa são o ápice de um cenário que inclui a hostilidade a ministros e secretários de governos petistas, como foi o caso da mais recente agressão ao secretário de Saúde da prefeitura de São Paulo, Alexandre Padilha, xingado num restaurante em São Paulo. Para dar resposta a esse clima de ódio e intolerância, movimentos sociais e centrais sindicais lançam na quinta-feira (8), às 19h, a Frente Povo Sem Medo, no Centro Transmontano, em São Paulo. Programação Às 19h acontecerá a abertura com atividade Mística e em seguida será feita a leitura de um manifesto e fala dos apoiadores. No Brasil, as medidas econômicas não deveriam seguir o mesmo script. O “ajuste fiscal” do governo federal diminui investimentos sociais e ataca direitos dos trabalhadores. Os cortes na educação pública, o arrocho no salário dos servidores, a suspensão dos concursos são parte dessa política. Ao mesmo tempo, medidas presentes na Agenda Brasil como, aumento da idade de aposentadoria e ataques aos de direitos e à regulação ambiental também representam enormes retrocessos. Enquanto isso, o 1% dos ricos não foram chamados à responsabilidade. Suas riquezas e seus patrimônios seguem sem nenhuma taxação progressiva. O povo está pagando a conta da crise. Ao mesmo tempo, os setores mais conservadores atacam impondo uma pauta antipopular, antidemocrática e intolerante, especialmente no Congresso Nacional. Medidas como a contrarreforma política, redução da maioridade penal, a ampliação das terceirizações, as tentativas de privatização da Petrobrás e a lei antiterrorismo expressam este processo. A conjuntura desenha momentos desafiadores para o movimento social brasileiro. Precisamos apostar na unidade nas ruas e nas lutas. Esta é a motivação maior de criar uma frente nacional de mobilização, protagonizada pelos movimentos sociais, a Frente Povo Sem Medo. Será preciso avançar na agenda que os setores populares imprimiram em várias mobilizações ao longo de 2015, como o 15/4, o 25/6 e o 20/8 e também nas greves e mobilizações de diversas categorias organizadas dos trabalhadores: - Contra a ofensiva conservadora e as saídas à direita para a crise. Não aceitaremos a pauta que este Congresso impõe ao Brasil. Defenderemos a radicalização da nossa democracia, a tolerância e as liberdades contra o racismo, a intolerância religiosa, o machismo, a LGBTfobia e a criminalização das lutas sociais. - Contra as políticas de austeridade aplicadas pelo governo, em nome de ajustar as contas públicas. Não aceitamos pagar a conta da crise. Defenderemos que a crise seja combatida com taxação de grandes fortunas, lucros e dividendos, auditoria da dívida e suspensão dos compromissos com os banqueiros. - A saída será nas ruas, com o povo, por Reformas Populares. Defenderemos a democratização do sistema político, do judiciário e das comunicações e reformas estruturais, como a tributária, a urbana e a agrária. Esta frente nasce em um momento de grandes embates e com a responsabilidade de fazer avançar soluções populares para nossa encruzilhada. Sabemos que para isso será preciso independência política, firmeza de princípios e foco em amplas mobilizações. AQUI ESTÁ O POVO SEM MEDO!
Fonte: Érica Aragão e Walber Pinto Veja também |