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Sindicalistas dizem que não é hora de apostar em incertezas e declaram apoio a Dilma Em documento, dirigentes de seis centrais expressam que o Brasil comandado pela petista é melhor que o da "inflação" e do "desemprego", mas cobram melhoria no diálogo com o Planalto 08/08/2014 Documento entregue por líderes sindicais à presidenta e candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, diz que não é hora de “apostar ou promover incertezas”. Segundo o texto, falar em choque de gestão, como diz a “oposição conservadora”, é a “amarga lembrança” do arrocho salarial e de uma política de austeridade fiscal que assolara a classe trabalhadora tanto na época da ditadura civil-militar quanto nas “décadas perdidas para a hegemonia do neoliberalismo”. Além disso, tais medidas, segundo os sindicalistas, não correspondem ao compromisso com a chamada pauta sindical. O documento, de três páginas, foi entregue hoje (7) a Dilma no final de ato realizado por entidades sindicais no ginásio da Portuguesa, na zona norte de São Paulo, e é assinado pelos dirigentes de seis centrais: os presidentes da CUT, Vagner Freitas, da UGT, Ricardo Patah, da CTB, Adilson Araújo, da CSB, Antônio Neto, e da Nova Central, José Calixto Ramos, além do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. O ginásio lotou – o local tem capacidade para 4.500 pessoas nas arquibancadas, mas parte não foi usada por causa da instalação do palco. O encontro com a presidenta e candidata à reeleição terminou por volta de 21h. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou. O texto se divide em duas frentes. De um lado, critica as soluções propostas pelos candidatos do PSDB, Aécio Neves, e do PSB, Eduardo Campos, sem citá-los diretamente. De outro, declara apoio a Dilma, sem deixar de oferecer críticas sobre a relação mantida com os trabalhadores ao longo destes quatro anos de mandato. Os sindicalistas expressam a preferência pela candidatura da petista por considerar que o Brasil atual "é qualitativamente melhor e mais justo do que aquele da inflação, do desemprego, das crises econômicas, das políticas do FMI, da "privataria" e da subserviência às políticas neoliberais", referência especial ao governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, aliado de Aécio. No texto, os sindicalistas pedem um debate amplo sobre uma série de questões que já haviam sido apresentadas antes da campanha pela reeleição de Dilma, como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas, e a revogação do debate sobre o Projeto de Lei 4.330, de 2004, sobre a terceirização. Desta vez, porém, os dirigentes cobram de Dilma um compromisso de que haverá um processo permanente de diálogo. Uma das principais críticas das entidades de representação dos trabalhadores diz respeito à dificuldade de negociação durante o governo da presidenta, em comparação com a gestão de Lula. “Ao apoiar a reeleição da presidenta, estamos certos de que a negociação destes e de outros temas importantes para os trabalhadores serão melhor acolhidos e terão maior possibilidade de negociação com o governo federal.”
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