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Diretora da FTM-RS e do STIMEPA participa de criação da rede da TKE A reunião serviu de plataforma para discussões robustas sobre as situações nacionais nas fábricas da TKE para melhorar os direitos dos trabalhadores 12/09/2023 A reunião serviu de plataforma para discussões sobre as situações nacionais nas fábricas da TKE A metalúrgica Taise Gonçalves Almeida esteve em Madrid, na Espanha, para uma reunião híbrida do Sindicato Global IndustriALL e da empresa onde é trabalhadora, a TK Elevator (TKE). Taise é diretora da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS) e do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos da Grande Porto Alegre (STIMEPA) e afirma “minha luta diária é contra o assédio. Eu entrei no Sindicato por conta disso.” A reunião realizada nos dias 11 e 12 de julho, serviu de plataforma para discussões robustas sobre as situações nacionais nas fábricas da TKE e em torno dos objetivos do conselho sindical global (GUC) para melhorar os direitos dos trabalhadores e fortalecer o diálogo social. Condições de trabalho, salários, diálogo social, direitos dos trabalhadores e sindicais e o desenvolvimento de um conselho sindical global foram temas discutidos. A dirigente conta que desde fevereiro de 2020, quando a Thyssenkrupp anunciou a venda de sua divisão de elevadores para a TKE, os trabalhadores perderam a proteção da rede internacional, ficando apenas com um acordo global. “Sempre tivemos um número bastante elevado de assédios dentro da empresa, tanto que entrei no STIMEPA por conta disso, porque denunciei e fui atrás de combater essa conduta”, conta. A reunião na Espanha também dedicou tempo à formação do conselho sindical global do TKE, um órgão que forneceria uma plataforma para os trabalhadores e sindicatos expressarem as suas preocupações, melhorarem as condições de trabalho e defenderem os direitos dos trabalhadores à escala global. Para Taise, a construção dessa rede internacional visa diminuir o número de casos de assédios. “Infelizmente é cultural, em vários países acontecem os casos de assédios e nas mais diversas formas. Aqui no Brasil, nossa cultura é agressiva e de violência contra a mulher”, afirmou. Por fim, a diretora garante que a iniciativa da IndustriALL é fundamental devido ao grande número de assédios que temos no Brasil. “Além das represálias, quem se queixa ou faz denúncia é normalmente demitido, ao invés de ser acolhido. E isso precisa ser mudado”, finaliza ela.
Fonte: FTM-RS com informações da IndustriALL Veja também |