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Metalúrgicos debatem ação sindical sob a perspectiva dos diversos grupamentos que compõem a organização
Com a participação de representantes do RS, e de todo o Brasil, coletivos de Formação, Mulheres, Saúde, Igualdade Racial, Juventude, LGBT, Comunicação e Internacional, definiram estratégias de ação
17/09/2024




A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), com apoio da USW (Sindicato dos Metalúrgicos dos Estados Unidos) realizou, nos dias 10 e 11 de setembro, o Encontro Nacional dos Coletivos da CNM/CUT. O evento, um projeto estabelecido entre a Secretaria de Relações Internacionais da CNM/CUT, aconteceu na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema/SP, e reuniu dirigentes metalúrgicos de todo país que compõem os coletivos nacionais de Formação, Mulheres, Saúde, Igualdade Racial, Juventude, LGBT, Comunicação e Internacional.

O momento de integração e troca de experiências teve o objetivo de debater e apontar estratégias de ação sindical, através da negociação coletiva, para ampliar a diversidade e a representatividade dos(as) metalúrgicos(as) nos locais de trabalho. Através da reflexão sobre direitos humanos e ação sindical, enquanto tema transversal a todas as pautas identitárias, o encontro construiu propostas com ações que irão fortalecer os coletivos como agentes políticos nos sindicatos, federações e na CNM/CUT.

 

Metalúrgicos gaúchos em ação
A comitiva do Rio Grande do Sul contou com a presença de representantes dos sindicatos dos metalúrgicos da Grande Porto Alegre (STIMEPA), de São Leopoldo (STIMMESL), de Santa Rosa (STIMMMERS) e de Montenegro (STIMMME).


De acordo com o dirigente do STIMEPA e integrante do Coletivo LGBT, Hugo Barbosa, foram tirados vários deveres de casa para cada grupo e várias novas diretrizes de trabalhos futuros para o próximo período. Ele ressaltou a importância da integração para o fortalecimento da atividade sindical e da luta dos trabalhadores em geral. “Mesmo avaliando um crescimento da exploração, percebemos a união de vários sindicatos do Brasil para melhorar a vida e o dia a dia do trabalhador e da trabalhadora em todo o território nacional”, apontou Hugo.


Representando o Coletivo de Igualdade Racial CNM/CUT-RS, a dirigente do STIMEPA Catiana Leite destacou a questão do racismo climático entre atuais os desafios a serem enfrentados. “A tragédia da enchente no Rio Grande do Sul trouxe à tona uma exclusão que nós já vivenciamos há muito tempo de forma, vezes mais ou menos, oculta ou silenciosamente. Entre os mais afetados pela tragédia climática estão as trabalhadoras negras e os trabalhadores negros”, asseverou Catiana.

 

Importância do contexto mundial
Na abertura do evento, com a participação do ex-presidente nacional do PT e ex-deputado federal, José Genoino, e do representante da Escola Florestan Fernandes, Douglas Estevan, o tema debatido foi geopolítica mundial e a conjuntura nacional.

Estevan abordou sobre a crise do capitalismo, destacando quatro eixos: crise ambiental, civilizatória, cultural e de projeto de sociedade. De acordo com ele, o capitalismo responde à crise aumentando a exploração da classe trabalhadora, retirando direitos e promovendo a uberização do trabalho.

Genoino complementou, destacando que o neoliberalismo busca não apenas explorar, mas moldar o pensamento da classe trabalhadora, gerando aversão ao coletivo e enfraquecendo os movimentos sindicais. Ambos defenderam a necessidade de uma luta anti-sistema e de uma plataforma de direitos para enfrentar as crises e promover avanços revolucionários.

 

Direitos Humanos e ação sindical
Na tarde de debates, Jandyra Uehara, secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT, destacou a necessidade de uma Política Nacional de Direitos Humanos e Empresas no Brasil. A secretária ressaltou o impacto negativo da extrema direita que resulta em ataques, desvalorização e perdas de direitos para a classe trabalhadora. Ela defendeu que essa política vá além de punições, estabelecendo obrigações para empresas.

Kevin Mapp, vice-presidente do United Steelworkers (USW), destacou a atuação do sindicato, que representa 1,2 milhões de trabalhadores ativos e aposentados em diversos setores industriais nos EUA, Canadá e Caribe. Ele enfatizou que direitos civis e humanos são parte integral dos direitos trabalhistas, e que o USW valoriza a diversidade, abordando questões como a segurança feminina no trabalho. Mapp também ressaltou a importância da cooperação entre os movimentos sindicais brasileiro e americano para fortalecer a defesa da classe trabalhadora.

 

Ação coletiva e ação na base
No segundo dia de encontro, divididos em grupos, os integrantes que compõem os coletivos nacionais de formação, mulheres, saúde, igualdade racial, juventude, LGBT, comunicação e relações internacionais se reuniram para debater temas específicos e organizar seus planos de ação. Num segundo momento, eles se dedicaram a socializar o resultado dos debates.

De acordo com o secretário de Relações Internacionais, Maicon Michel Vasconcelos da Silva, o encontro demonstrou a importância da união do movimento sindical para podermos avançar e fazer mais pelos trabalhadores e pela sociedade como um todo. “E para isso precisamos destes coletivos, que articulam as políticas da base até as maiores instâncias. Nosso papel será cumprido porque temos os coletivos atuantes e agora fortalecidos e ainda mais unidos”, afirmou.

O presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, lembrou que as pautas debatidas dentro dos Coletivos fazem parte também de um documento que a Confederação fez como plataforma política da categoria para a eleição municipal deste ano. “A gente precisa transformar estas ações em políticas públicas. Estamos falando de juventude, de igualdade racial, de gênero, de saúde, de comunicação, estamos falando das relações referentes à questão internacional, que às vezes são questões fundamentais do dia a dia que nós precisamos construir, inclusive das questões LGBTQIA+. São temas importantes, são políticas públicas que podem se tornar projetos de lei dos municípios, nos estados, e à nível federal”, pontuou o presidente da CNM/CUT.

 

Texto por: Luciene Leszczynski/Comunicação STIMEPA com informações do Departamento da CNM/CUT SC/PR e Redação CNM/CUT.

 
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