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Metalúrgicos gaúchos participam do ato de lançado Comitê do Plebiscito Popular no RS para mobilizar contra privatizações O comitê é uma reação da sociedade à política nefasta de privatizações do governo federal e estadual. 15/07/2021 O comitê é uma reação da sociedade à política nefasta de privatizações do governo federal e estadual. A Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS e sindicatos filiados participou junto com centrais sindicais, movimentos sociais, frentes populares, lideranças de partidos políticos e outras entidades representativas, do lançado o Comitê do Plebiscito Popular no Rio Grande do Sul. O ato ocorreu de forma virtual na noite desta quarta-feira (14), através da plataforma Zoom, reunindo mais de 400 participantes, além de transmissão ao vivo em várias páginas pelo Facebook e no Youtube com milhares de visualizações. O comitê é uma reação da sociedade à política nefasta de privatizações do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), do governador Eduardo Leite (PSDB) e de vários prefeitos alinhados com esse projeto de destruição do estado, retirada de direitos dos trabalhadores e entrega do patrimônio público para grandes empresários e o mercado financeiro. Para o tesoureiro da FTM-RS, Milton Viário, o lançamento do Comitê do Plebiscito busca mobilizar esse, que é um dos processos mais importantes deste ano, no segundo semestre. “A participação dos metalúrgicos, de diferentes regiões do Rio Grande do Sul, no ato de lançamento foi muito boa”, avalia ele. O dirigente destaca, ainda, que a categoria assumiu o compromisso de ajudar a organizar as 28 regiões. “Como parte deste processo também está a organização dos comitês municipais e onde tem sindicatos de metalúrgicos da CUT-RS, estaremos inseridos na organização regional”, garante Milton. Governador rasgou promessa eleitoral Em nível federal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, vem tocando uma agenda de privatizações, "passando a boiada" no patrimônio público. Venda de refinarias da Petrobras, liquidação da Ceitec, aprovação da venda da Eletrobras no Congresso, projeto de privatização dos Correios e desmonte da Caixa são alguns exemplos. Em Porto Alegre, o prefeito Sebastião Melo (MDB) já anunciou a intenção de desestatizar a Carris, sendo que o DMAE e a Procempa também estão sob ataque da privatização. A proposta dos organizadores é realizar na primavera um plebiscito popular sobre as privatizações de serviços essenciais e estratégicos para o desenvolvimento social e econômico do RS. Manifesto já pode ser assinado Um manifesto, convidando a população gaúcha a somar-se à iniciativa, também já está publicada na internet para a coleta de assinaturas de apoio. “Leite e Bolsonaro são marionetes do capital financeiro” “É isso que eles fazem historicamente e estão fazendo. Por isso, deram o golpe na presidenta Dilma e instalaram esse insano no poder. Por trás de tudo isso, está o grande capital financeiro, que precisa se apropriar de tudo isso. No RS, temos um governador que se mostra como contrário ao Bolsonaro, mas está praticando a mesma política do governo federal”. Plebiscito fortalece organização da base “Precisamos vencer nossos limites, nossos métodos e nossas próprias barreiras como movimento da classe trabalhadora. Vamos organizar 28 regiões no Estado, mas depois não vamos abandoná-las. Aqui estamos falando da venda do patrimônio público e com isso nós estamos virando uma chave para a religação e organização de várias frentes de trabalho de base”, disse. Entrega dos bens públicos é coisa do capitalismo “Estamos numa grande campanha contra a privatização da Corsan. A água é um bem necessário para todo mundo, e não pode ser privatizada. O Banrisul é público, que atende aos gaúchos e gaúchas, aos pequenos agricultores e a todas as pessoas que precisam do serviço público. Privatizar a Petrobras também afeta a energia que move a máquina mundial e brasileira. Isso é perder a soberania e não queremos ser súditos de ninguém”, disse. O ato teve também manifestações de apoio dos ex-governadores Tarso Genro, Olívio Dutra e Alceu Collares, do senador Paulo Paim (PT), de deputados do PT, do ex-ministro Miguel Rossetto e do ex-deputado Vieira da Cunha. Também falaram dirigentes da CUT-RS e centrais sindicais, federações e sindicatos que representam trabalhadores de estatais ameaçadas de privatização. Fonte: FTM-RS com informações da CUT-RS Veja também |