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Comitês serão instrumentos de luta dos trabalhadores para o país voltar a ser feliz Os comitês serão instrumentos de luta para mobilizar trabalhadores e trabalhadoras para que o Brasil retome o rumo do desenvolvimento econômico e social do país, de acordo com o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre. 23/02/2022 Reprodução - CUT CUT – “O Brasil está triste, pobre, desempregado, doente. Humilhado. Foi colocado de joelhos ante ao mundo por um governo que só gera destruição e desesperança. A negação da ciência e da vacina, a rede de ódio e mentiras, levaram à perde de mais de 640 mil vidas nesta pandemia. Hoje as ruas expõem a tristeza de um país que, até 2016, era feliz e agora o que vemos é um país mais violento, menos civilizado. Mais egoísta e menos solidário." A descrição acima do cenário atual do Brasil serviu de introdução para o lançamento oficial dos "Comitês de luta em defesa da classe trabalhadora, pela vida e democracia", uma iniciativa da CUT e suas entidades filiadas. Os comitês serão instrumentos de luta para mobilizar trabalhadores e trabalhadoras para que o Brasil retome o rumo do desenvolvimento econômico e social do país, de acordo com o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre. Hoje vivemos o “momento mais difícil e dramático da classe trabalhadora e não é possível ficar indiferente ao que está acontecendo”, disse o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, nesta terça-feira (22), durante live do lançamento oficial dos comitês. A ação dos comitês será fundamental para reverter as consequências do péssimo desempenho da economia nos últimos anos, como desemprego, inflação e juros altos, fome e miséria e os ataques aos direitos dos trabalhadores e ao patrimônio nacional incluindo os serviços públicos, que teve início no governo do golpista Michel Temer (MDB) e se profundou no governo de Jair Bolsonaro (PL), que enviou ao Congresso Nacional vários projetos de privatização, entre eles os dos Correios e da Eletrobras, na avaliação de Sérgio Nobre. Luta “Se não lutarmos a miséria e o desemprego chegarão em você ou a alguém próximo a você”, afirmou o presidente da CUT, reforçando a conscientização da população em relação ao que o Brasil vive hoje. E essa batalha se dará na sociedade, com os Comitês em ação nos mais diversos espaços. “É hora de organizar o povo brasileiro e é importante que os sindicatos, federações, confederações e as estaduais da CUT organizem os Comitês pelo país inteiro”, conclamou Sérgio Nobre. Todos podem participar dos Comitês Sérgio Nobre explicou durante a live que todos os cidadãos e cidadãs, trabalhadores brasileiros, poderão contribuir e atuar para lutar por um Brasil digno, livre de políticas que penalizam a população. Ele lembrou também que o ano de 2022 é chave para a luta contra o governo de Bolsonaro. “Este ano vai definir a nossa vida”. "O resultado das eleições de outubro vai definir o que o Brasil vai ser nos próximo 30 anos, se vai ser um país que continua desse jeito. E não vai ser porque a classe trabalhadora não vai deixar", ressaltou Sérgio Nobre. O dirigente reforça que, neste ano, “temos que eleger quem está comprometido com a classe trabalhadora” Organização e atuação Os comitês serão formados a partir das entidades filiadas à CUT, com a realização de assembleias, plenárias e outras atividades de formação com participação e atuação dos trabalhadores. A secretária-geral da CUT, Carmen Foro, afirmou que já a partir desta semana, as entidades filiadas à Central receberão um guia coma s orientações de como organizar os Comitês nas bases da sociedade. “Vamos construir unidade para transformar essa realidade. Os comitês vão ampliar o processo de unidade da classe trabalhadora. Será um trabalho de base, de debater o problema do Brasil com a população e continuar, como diria Paulo Freire, a esperançar o povo. É uma disputa ideológica para enfrentar o racismo, o machismo, o fascismo e as Fake News”, disse a dirigente. Carmen reforçou ainda o caráter solidário dos Comitês. “Vamos reunir trabalhadores para lutar pelos direitos e serem solidários com aqueles que sofrem as consequências da tragédia brasileira, a fome, a miséria e o desemprego. E vamos exercitar a democracia”, pontuou. Brigadas digitais Ao longo dos anos, a CUT já tem tomado iniciativas de enfrentamento à ofensiva conservadora da extrema direita. As Brigadas Digitais da CUT, por exemplo, é uma estratégia que tomou forma no ano passado e cresce a cada dia com a adesão de milhares de militantes em torno da desconstrução das mentiras propagadas pela tropa de Bolsonaro, que resultaram na eleição do atual governo. “Não podemos permitir que as fake news levem o Brasil a errar de novo”, disse o presidente da CUT, Sérgio Nobre. Tarefa das Brigadas é também reforçar todas as ações e políticas positivas dos governos populares de Lula e Dilma (PT) que promoveram a ascensão das classes mais vulneráveis. “Nossa responsabilidade é mostrar que temos um país em que muitos passam fome, não tem o que comer e poucos tem muito. É um trabalho de formação, de educação popular. Compreender esse cenário é fundamental para que possamos mudar o país”, disse Rosane Bertotti. Nas redes Ao mesmo tempo em que os Comitês estarão nos mais diversos espaços como as ruas, as escolas e todos os lugares onde se possa estabelecer uma verdadeira rede de solidariedade, as redes sociais também deverão ser ocupadas. “Estaremos em todas as redes. Cada um de nós que fará parte dessa mobilização, pode e deve utilizar suas redes sociais para dar visibilidade a essa luta, que é uma luta de todos, para defender empregos, renda, direitos, os serviços públicos, o SUS e tudo o que diz respeito a nós trabalhadores”, disse Roni Barbosa, secretário de Comunicação da CUT. O dirigente lembrou que as redes sociais são um instrumento importante de diálogo, mobilização e pressão, como a ferramenta da CUT que leva esse nome. “Pelo Na Pressão, já conseguimos barrar projetos que iam contra os interesses da classe trabalhadora”. Um exemplo é a reforma Administrativa, travada no Congresso após milhões de mensagens chegarem aos parlamentares sobre a contrariedade do povo em relação a reforma. “Se votar, não volta”, avisavam os trabalhadores aos deputados, lembrando-os que se aprovassem a reforma, não teriam votos para serem reeleitos.
Foto: Reprodução
Fonte: Andre Accarini com edição de Marize Muniz – CUT Brasil Veja também |