Dia 11 de junho vamos a Brasília para impedir a aprovação da lei da terceirização
Central convoca militância para ocupar Câmara dos Deputados na próxima terça, às 14h30, contra ataque a direitos dos trabalhadores
06/06/2013
A CUT segue de perto o andamento do projeto de lei (PL) 4330/2004, que a pretexto de regular a terceirização, amplia a precarização ao abrir espaço para o trabalho terceirizado até mesmo nas atividades fim. Após muita pressão dos empresários, no dia 11 de junho o projeto será incluído novamente na pauta da CCJ e a CUT convoca os dirigentes de diversas categorias a ocupar o Congresso Nacional para não permitir que o processo siga. A concentração será no escritório da CUT Nacional em Brasília: Quadra 1, Bloco i - Ed. Central - 6º andar - Brasília - DF - CEP 70304-900. Os manifestantes partirão para a Câmara por volta das 13h30. Em entrevista ao Portal Mundo do Trabalho, Graça fala sobre a organização dessa ocupação e a respeito da próxima rodada de negociações com o governo, marcada também para o dia 11.
CUT – Qual é a situação do PL 4330/2004? Maria das Graças Costa – O Relatório do Deputado Artur Maia sobre PL 4330/2004 está pronto. Ele tentou colocar na pauta da CCJ esta semana e não conseguiu, devido à nossa articulação com os deputados que apoiam nossa posição. Mas o projeto estará na pauta da CCJ no dia 11 de junho. Para impedir que seja aprovado, a CUT convocou um ato para essa data, às 14h30, no Anexo II da Câmara dos Deputados Federais, Plenário 1.
CUT – Como a SRT está organizando a mobilização? Graça – Temos contado com a colaboração do Escritório de Brasília, da CUT DF e com o apoio da maior parte das confederações nacionais. Nessa quarta (5), realizamos uma reunião extraordinária do GT Terceirização e discutimos não só o ato da semana que vem, mas também o andamento das discussões que fizemos com as outras centrais sindicais e o governo federal. No próprio no dia 11 de junho ocorrerá uma nova rodada de negociação com o ministro Gilberto Carvalho e o principal ponto de pauta será a terceirização.
CUT – Como está o debate com as outras centrais sindicais? Graça – Nossa última reunião conjunta foi no dia 3 de junho, na sede da UGT, quando estavam presentes também os deputados Roberto Santiago (PSD-SP) e Ricardo Berzoini (PT-SP). Não conseguimos acordar todos os pontos, mas novamente foi unânime a posição de que a lei deve regular os abusos que se fazem em nome da terceirização, mas não institucionalizar um processo de selvageria contra os direitos trabalhistas. Se o PL 4330/2004 for aprovado como está, decretaremos o fim dos benefícios sociais e trabalhistas que são garantidos pelo contrato de trabalho. Temos a certeza que dia 11 estaremos todos em Brasília para impedir isso.
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