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7 de outubro, Dia Internacional de Combate ao Trabalho Precário CUT e demais centrais sindicais fazem mobilizações para marcar rão passeata em São Paulo 07/10/2013 Macrossetor da Indústria da CUT divulga documento sobre a campanha Hoje, 7 de outubro, trabalhadores e trabalhadoras do mundo inteiro realizam manifestações contra a precarização no trabalho, atendendo convocação da Confederação Sindical Internacional (CSI) para marcar a Jornada Mundial pelo Trabalho Decente, campanha que foi instituída em 2008. A data também marca o Dia Internacional de Combate ao Trabalho Precário, organizado pela IndustriALL Global Union, a entidade mundial que representa metalúrgicos, químicos e trabalhadores na indústria têxtil. No Brasil, as três categorias e as duas outras que compõem o Macrossetor da Indústria da CUT – trabalhadores na construção civil e na alimentação – assumiram a campanha da IndustriALL e se somaram aos trabalhadores de todos os segmentos na manifestação organizada pela CUT e demais centrais sindicais na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), coração econômico do país. Os metalúrgicos da CUT e da Força Sindical realizaram um ato em frente a uma concessionária da Nissan, na zona leste da capital paulista, como mais uma etapa da campanha em solidariedade aos trabalhadores da montadora no Mississipi (EUA), que sofrem com a prática antissindical da empresa. A montadora não permite a sindicalização dos trabalhadores e, em função disso, vários direitos deixam de ser cumpridos. A campanha é da UAW (Union Auto Workers), o sindicato dos trabalhadores das montadoras nos EUA, com apoio da IndustriALL e todas as suas filiadas no ramo metalúrgico. No Brasil, a campanha de solidariedade aos trabalhadores norte-americanos tem à frente a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e a CNTM (ligada à FS). O secretário geral e de Relações Internacionais da CNM/CUT, João Cayres, lembra que a entidade cutista assumiu a campanha da UAW desde o seu lançamento, em janeiro. “Além de salários e condições de trabalho inferiores às de outra planta da Nissan nos EUA, um dos principais problemas enfrentados pelos companheiros do Mississipi é o assédio moral”, lembra Cayres, referindo-se a todas as ações da empresa para barrar a sindicalização. “Em função de tudo isso, a Nissan precariza o trabalho naquela planta”, avalia. Não ao trabalho precário Sobre o Dia Internacional de Combate ao Trabalho Precário, o secretário de Política Sindical da CNM/CUT e metalúrgico de São Leopoldo, Loricardo de Oliveira, lembrou que a coordenação nacional do Macrossetor da Indústria da CUT decidiu abraçar a campanha da IndustriALL porque as condições adversas de trabalho são realidade em todos os setores. “Na construção civil e na indústria têxtil, ainda somos surpreendidos com notícias de trabalho escravo. No setor industrial, como um todo, os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais são provas concretas das condições precárias no trabalho”, exemplifica o dirigente. Confira o documento das cinco confederações do Macrossetor da Indústria da CUT: Combate à precarização: uma tarefa de toda a classe trabalhadora Em 7 de outubro, vamos nos somar a trabalhadores (as) de todo o mundo no Dia Internacional de Combate ao Trabalho Precário Em pleno século XXI, com inovações tecnológicas que transpõem barreiras e facilitam a vida da população, ainda somos surpreendidos com notícias de situações desumanas de trabalho, que afrontam a dignidade humana e que lembram o período medieval da história. Em vários setores da economia, trabalhadores e trabalhadoras são submetidos a condições degradantes para desempenhar suas funções, o que mostra a face mais perversa da lógica empresarial do lucro a qualquer preço. Mesmo com todo o esforço das entidades sindicais, ainda constatamos que no ramo industrial brasileiro há trabalho análogo à escravidão em setores como o do vestuário e da construção civil. Se esta é a situação extrema do aviltamento das relações capital-trabalho, nestes e nos segmentos de alimentação, químico e metalúrgico há condições cotidianas inadmissíveis para o mundo atual, como o risco constante de acidentes (até mesmo fatais) e de doenças profissionais. Junto com esses riscos, outros fatores também contribuem para degradar as condições de trabalho, como a rotatividade da mão de obra e a terceirização. Estes dois expedientes são largamente utilizados pelas empresas para pagar salários inferiores e para tentar evitar a organização sindical no local de trabalho. Por isso, as entidades nacionais dos trabalhadores da CUT do ramo industrial estão à frente, no Brasil, da Campanha Mundial de Combate ao Trabalho Precário, deflagrada pela IndustriALL Global Union, organização internacional que representa diversas categorias profissionais. Esta Campanha ganha importância ainda maior no momento atual, quando a classe trabalhadora brasileira se depara com o desafio de barrar a tramitação do projeto de lei 4.330 na Câmara dos Deputados.O PL permite a terceirização em qualquer setor de uma empresa e, se aprovado, pode representar até mesmo o fim das categorias profissionais e, por consequência, de todas as suas conquistas, como salário, jornada e benefícios sociais. Ou seja, vai consolidar a precarização no trabalho em nosso país e intensificar as práticas antissindicais do empresariado. Ao assumirem a Campanha da IndustriALL, as confederações cutistas convocam os (as) trabalhadores (as) da alimentação, do vestuário, da construção civil, metalúrgicos e químicos a se unirem aos trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo em 7 de outubro, no Dia Mundial de Combate ao Trabalho Precário. Nessa data, vamos mostrar que não admitiremos que a classe trabalhadora seja submetida à degradação em seu cotidiano na fábrica e vamos dar continuidade à luta por nossos direitos, por emprego decente e justiça para os verdadeiros responsáveis pelo desenvolvimento econômico, aqui ou em qualquer outra parte do mundo. CNQ – Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT
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