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Dilma recebe propostas de sindicalistas e empresários para desenvolvimento do país
Vagner Freitas afirmou que sugestões do "Compromisso pelo Desenvolvimento" foram bem acolhidas pela presidenta e podem levar a aumento do emprego e renda
16/12/2015


O presidente da CUT, Vagner Freitas, ao lado de um grupo de representantes de 70 entidades entre centrais sindicais, representações patronais e organizações da sociedade civil, entregou à presidenta Dilma Rousseff, na tarde desta terça-feira (15), um documento com sete propostas para o desenvolvimento do país. Ele disse que a iniciativa mostrou cidadãos “preocupados em fazer com que o Brasil dê certo”. O documento "Compromisso pelo Desenvolvimento", elaborado por meio de parceria entre todos esses setores, foi apresentado como forma de reverter o cenário de crise em 2016. E foi debatido amplamente, pela manhã, durante reunião do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social, no Ministério do Trabalho e Previdência.

A reunião, segundo Freitas, deixou a presidenta extremamente entusiasmada. “Revelou um outro tipo de grupo, formado por pessoas dos mais diversos segmentos que está interessado em trabalhar para mudar a situação difícil do Brasil e não de cultuar o ‘quanto pior melhor’”, acentuou o dirigente da maior central do país. Vagner destacou que tanto os representantes do empresariado quanto dos trabalhadores deixaram claro no encontro com Dilma que a agenda do Brasil não pode ficar apenas em torno do impeachment nem da

Operação Lava Jato.

Esse apoio e encaminhamento de sugestões foi acolhido de forma positiva pela presidenta, que já programou uma segunda reunião para a próxima sexta-feira (18). O objetivo é dar um retorno aos integrantes do fórum sobre o encaminhamento dos itens sugeridos pelo documento.

Retomada do investimento

Na agenda elaborada por esses setores foram elencados, dentre os itens, ações para retomada do investimento público e privado em infraestrutura produtiva de forma rápida, tanto na área social como urbana – questão que foi considerada um indutor importante para o desenvolvimento e que diz respeito a um serviço que precisa ser recuperado nos próximos 12 meses.

Outro ponto bastante mencionado no documento é a importância de retomada e ampliação de investimentos no setor de energia, como petróleo, gás e fontes alternativas renováveis, em especial na Petrobras. Um terceiro item pede que seja destravado o setor de construção, com a utilização de instrumentos institucionais adequados que garantam a penalização dos responsáveis por problemas com a Justiça.

O grupo que integra o fórum também pediu a garantia da segurança jurídica das empresas, mantendo, dessa forma, a atividade produtiva – como, por exemplo, os chamados “acordos de leniência”, que têm sido discutidos em diversas instâncias. E a criação de condições para o aumento da produção e das exportações da indústria de transformação, bem como a priorização e adoção de políticas de incentivo e sustentabilidade do setor produtivo (como agricultura, indústria, comércio e serviços) e de adensamento das cadeias produtivas, dentre outras sugestões.

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) foi representada na audiência pelo secretário de Administração e Finanças, Edson Rocha, que também coordena as ações da entidade no setor naval. "Os metalúrgicos desse setor não podem esperar mais. Já são milhares de pais de família demitidos e que sequer receberam suas verbas rescisórias. Por isso, defendemos os acordos de leniência", assinalou Rocha.

Acordos diversos

O Fórum de Debates pretende, além de apresentar essas propostas, contribuir com acordos a serem feitos tanto pelas centrais sindicais como por entidades representativas da indústria nacional para permitir ao governo a implantação de programas que possam levar a um cenário menos sombrio para 2013 – com políticas públicas que ajudem a ampliar emprego e renda no país.

Para o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, que participou da reunião do fórum durante a manhã, é importante e crucial todo este debate sobre a retomada da produção e do emprego. “Há determinados temas aqui que nos dividem, mas hoje há muitas convergências entre nós. Nossa preocupação com próximo ano é grande, o cenário previsto é trágico e precisamos fazer algo para modificar esse quadro”, acentuou.

“Nossa agenda é a agenda de quem representa o setor dinâmico da econômica, máquinas, equipamentos, eletroeletrônicos e montadoras. É a agenda de quem produz de fato e não a do Paulo Scaff, presidente da Fiesp, que é uma agenda mesquinha, de quem não pensa no país, pensa apenas em si mesmo”, destacou Sérgio Nobre.

Veja abaixo as sete propostas e entidades que elaboraram o documento entregue a Dilma Rousseff

- Retomar rapidamente o investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana, ampliando os instrumentos para financiá-la, bem como criando ambiente regulatório que garanta segurança jurídica;
- Retomar e ampliar os investimentos no setor de energia, como petróleo, gás e fontes alternativas renováveis, em especial na Petrobras;
- Destravar o setor de construção, utilizando instrumentos institucionais adequados que garantam a penalização dos responsáveis e a segurança jurídica das empresas, com a manutenção da atividade produtiva e dos empregos;
- Criar condições para o aumento da produção e das exportações da indústria de transformação;
- Priorizar a adoção de políticas de incentivo e sustentabilidade do setor produtivo (agricultura, indústria, comércio e serviços), de adensamento das cadeias produtivas e de reindustrialização do país, com investimentos e contrapartidas sociais e ambientais;
- Ampliar, em condições emergenciais, o financiamento de capital de giro para as empresas;
- Adotar políticas de fortalecimento do mercado interno para incremento dos níveis de consumo, de emprego, renda e direitos sociais.

CSB - Central dos Sindicatos Brasileiros
CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
CUT - Central Única dos Trabalhadores
Força Sindical
NCST - Nova Central Sindical de Trabalhadores
UGT - União Geral dos Trabalhadores
FNE - Federação Nacional dos Engenheiros
FUP - Federação Única dos Petroleiros
FISENGE - Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros
SENGE - Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro
SEESP - Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo
SINAENCO - Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia

ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção
ABRINQ - Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos
ANFAVEA - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
CNI - Confederação Nacional da Indústria
FENABRAVE - Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores
FESESP - Federação de Serviços do Estado de São Paulo
Associação Comercial de Minas Gerais
Associação Comercial do Rio de Janeiro
Associação Comercial de São Paulo
Federação de Associações Comerciais de São Paulo
Clube de Engenharia
Instituto Ethos

 

 

 

Fonte Hylda Cavalcanti - Rede Brasil Atual, com informações da CUT Nacional

 
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