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Repressão do lado de fora e traição no lado de dentro garantem aprovação de projetos do pacotaço de maldades de Sartori . 21/12/2016 Metalúrgicos presentes nos atos de resistência ao pacotaço de maldades Nos últimos dois dias, a repressão contra representantes dos movimentos sindicais e sociais, crime cometido por policiais militares que também sofrem com arrocho e parcelamento de salários impostos pelo governo estadual, e a traição de deputados estaduais que juraram defender os direitos e interesses do povo gaúcho, estão garantindo na Assembleia Legislativa a aprovação de inúmeros projetos do chamado "pacotaço de maldades de Sartori". O governo se utiliza da crise de endividamento e descapitalização do Estado para impor sua agenda de "Estado mínimo" em 28 projetos, extinguindo secretarias, fundações e outros serviços públicos, privatizando importantes empresas públicas e impondo milhares de demissões numa conjuntura em que, segundo a FEE (que será extinta com o pacotaço), a taxa de desemprego total na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) aumentou de 10,2% para 10,8% da População Economicamente Ativa, entre novembro de 2015 e novembro de 2016, aumentando para cerca de 11 mil pessoas o número de desempregados. As únicas bancadas totalmente contrárias ao pacotaço de maldades de Sartoti foram as do PT, PCdoB e Psol. A primeira votação na segunda-feira, extinguiu a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI). Criada na gestão de Tarso Genro, a agência garantiu o crescimento do Estado acima da média nacional no governo anterior. Na madrugada de segunda para terça-feira, foi aprovado o PL 247/16 que extingue importantes secretarias, como a da Cultura, Turismo e Lazer, Trabalho e Desenvolvimento Social e Justiça e Direitos Humanos. Na madrugada de terça para quarta-feira, o governo conseguiu aprovar a extinção de seis fundações importantes: a Zoobotânica, Cientec, FEE, Metroplan, Piratini (TV Educativa e Rádio FM Cultura) e FDRH. Na manhã da quarta-feira, conseguiu aprovar a Fepagro - Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária e a Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore. A sessão foi encerrada às 8 horas da manhã, com previsão de nova sessão às 14 horas. OPERAÇÃO DE GUERRA Para impedir a aproximação de manifestantes contrários ao pacotaço de maldades de Sartori, o secretário da Segurança pública Cesar Schirmer armou uma verdadeira operação de guerra para, nas palavras dele, "garantir a democracia". Na verdade, impedir a democracia, os direitos constitucionais de livre manifestação e de ir e vir. O aparato teve por objetivo impedir a aproximação de servidores e dos representantes legais de todas as categorias envolvidas. Grades de proteção foram instaladas há um mês ao redor da Assembleia e estendidas até a Praça da Matriz nos últimos dias, impedindo que pessoas e carros se aproximassem da chamada Casa do Povo. Desde o final da madrugada da segunda-feira, 19, o número de policiais foi reforçado (cerca de 300) e o bloqueio do trânsito, ampliado. Toda e qualquer aproximação era respondida com balas de borracha, cassetetes, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo e de pimenta. Até pessoas credenciadas foram impedidas de entrar para acompanhar as votações. “Estamos resistindo à repressão e à violência da Brigada Militar, em defesa dos direitos dos servidores, dos serviços públicos e do patrimônio do povo gaúcho”, afirmou Claudir Nespolo, presidente estadual da CUT. METALÚRGICOS PRESENTES Além do metalúrgico e atual presidente estadual da CUT, Claudir Nespolo, outras lideranças sindicais metalúrgicas participaram dos atos de resistência ao pacotaço de maldades de Sartori, sendo solidários principalmente aos servidores do Estado, categoria que será extremamante atingida com as reformas. Entre os quais, podemos citar os presidentes dos sindicatos metalúrgicos de Porto Alegre, Lírio Segalla, e de Canoas, Paulo Chitolina, o secretário de Política Sindical da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Loricardo de Oliveira, o secretário-geral da Federação dos Metalúrgicos, Flávio de Souza, o Flavião, e o vice-presidente do Sindimetal Cachoeirinha, Marcos Muller, o Alemão. Também estiveram presentes os dirigentes sindicais Rafael Moretto, Adriano Filippetto, Marcelo do Nascimento e o ativista Vladimir Duarte, o Medusa, entre outros.
PL 249 2016 – Reestruturação da AGDI Veja também |