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I Conferência de Trabalho Decente: Redução da jornada de trabalho e fim do interdito proibitório devem compor pauta Em oficina, Centrais voltam a destacar necessidade de priorizar pontos convergentes 31/07/2012 Após promover neste final de semana uma oficina preparatória para a I Conferência de Emprego e Trabalho Decente, que acontece entre 8 e 11 de agosto, em Brasília, a CUT se uniu a outras centrais nesta segunda (30) para realizar um seminário da bancada dos trabalhadores. Os discursos de todas as lideranças sindicais destacaram a necessidade de focar os pontos convergentes para garantir avanços e impedir que a bancada empresarial e de governos conservadores consigam atacar direitos já conquistados. Secretário de Administração e Finanças da CUT e um dos representantes da Central na coordenação da conferência, Quintino Severo, afirmou a necessidade de a classe trabalhadora estar preparada para enfrentar uma grande disputa com o setor patronal, já evidenciada nas etapas estaduais e municipais. Para ele, esse processo passa por valorizar as lutas que podem ser travadas de maneira conjunta, como a defesa da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, o fim da aplicação do interdito proibitório para manifestações do movimento sindical e a revisão do conceito de trabalho escravo. “Não podemos dar brecha para que queiram emplacar isso, porque, para nós, trabalho escravo não é apenas a falta de salários e de carteira assinada. Não ter condições dignas de alimentação e de hospedagem, por exemplo, também configura trabalho escravo e é isso que devemos defender”, alertou Quintino. Apesar de destacarem a importância dessa primeira conferência como o início de um diálogo social que precisa ser permanente, as centrais apontaram a necessidade de dar continuidade à pressão após o encontro. Até porque, muitas das propostas terão de ser transformadas em leis, em políticas públicas e, portanto, em negociações conjuntas. OIT também alerta para unidade Coordenador do Programa de Trabalho Decente e Empregos Verdes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Paulo Muçouçah, lembrou que as bancadas de trabalhadores, governos e empresários terão representação paritária, todas com 30%, sendo os 10% de representatividade destinada à sociedade civil. O processo de definição das propostas passa por discussões em grupos de trabalho (GT), plenárias temáticas até chegar na definição de prioridades para a plenária final. “Nesse cenário, qualquer bancada que estiver unificada sobre suas propostas conseguirá levá-las para a plenária final”, explicou Muçouçah. Ao contrário de outras conferências, comentou, não haverá espaço para grandes discussões. Por isso, conforme já destacaram lideranças CUTistas na oficina do final de semana, a participação dos trabalhadores em todos os momentos dos debates será essencial. Por fim, o representante da OIT citou as convenções que estão relacionadas a cada um dos quatro eixos da conferência: Eixo 1 – Princípios e Direitos GT2: Negociação coletiva e políticas de valorização do salário mínimo. Convenções: 26, 98, 131 e 154 GT3: Saúde e segurança no trabalho. Convenções: 12, 102, 115, 136, 139, 148, 155, 161, 162, 170 Eixo II – Proteção Social Eixo III – Trabalho e Emprego GT 7: Sistema público de emprego, trabalho e renda e educação profissional. Convenções: 81, 88, 140, 142, 168 GT 8: Macro e pequenas empresas, empreendedorismo e políticas públicas de microcrédito. Convenções: 122 GT 9: Emprego rural e agricultura familiar. Convenções: 110 e 141 GT 10: Empresas sustentáveis e cooperativas. Convenções: Resolução aprovada CIT 2007 sobre empresas sustentáveis GT 11: Empregos verdes e desenvolvimento territorial sustentável; empreendimentos de economia solidária e inclusão produtiva de grupos vulneráveis. Convenção: 159 Eixo IV – Diálogo Social Dessas, as convenções 87 (sobre liberdade e autonomia sindical)156 (igualdade de oportunidade e tratamento para homens e mulheres), 151 (negociação coletiva no setor público), 189 (estende às trabalhadoras domésticas os mesmos direitos dos demais trabalhadores), 170 (proteção a produtos químicos) e 158 (contra demissão imotivada) ainda não foram ratificadas pelo Brasil. Definição nesta terça – A oficina das centrais termina nesta terça (31) com a definição das propostas unificadas e de como trabalhar as prioridades que serão consenso entre os delegados.
Por: www.sindimetal-es.org.br Veja também |