A Ciber de Porto Alegre divulgou dentro da empresa um comunicado mentiroso e que atenta contra a liberdade de organização sindical. Direcionada a todos os funcionários, a mensagem dizia que a assembleia realizada na quinta-feira, 27 de agosto, havia sido suspensa por falta de quórum, motivo pelo qual a avaliação e aprovação da proposta salarial não aconteceu. Também “liberou” os funcionários a comparecer na assembleia da quinta-feira seguinte, 3 de setembro, para garantir o quórum, prometendo abonar eventuais horas “perdidas” por eles, mediante comprovação de participação na assembleia.

A verdade é que a assembleia em nenhum momento foi suspensa e havia quórum suficiente para a votação, que não aconteceu porque a direção do sindicato propôs manter a assembleia de forma permanente, adiando a decisão por mais uma semana porque ainda havia margem para negociação, tanto é verdade que a proposta patronal melhorou nos dias seguintes. A decisão foi divulgada, inclusive com fotos da presença e da votação desta proposta, no site e na página no Facebook do sindicato.

“O sindicato não dá nem nunca dará comprovante de participação de trabalhadores em assembleias. Com isto, os patrões querem monitorar, saber quem veio na assembleia, identificar quem participa. Aliás, patrão nenhum incentiva seus funcionários a comparecer em assembléias do sindicato. Quando fazem isto é porque têm interesses escusos. A Ciber falseou a verdade, tentando engambelar aqueles que aqui compareceram induzidos por ela. Tentou jogar os trabalhadores contra o sindicato e isso é uma prática antissindical que deve ser combatida inclusive por vias legais. Vamos fazer encaminhamentos cabíveis para coibir este tipo de ação patronal e a empresa terá de se retratar, pedir desculpas pela sua deselegância e a quem ela mentiu e engambelou”, disse o presidente do sindicato, Lirio Segalla.

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