Notícias
Greve na Estrutural: Trabalhadores rejeitam proposta da empresa e decidem manter a paralisação Empresa condiciona avanço nas negociações ao fim da greve 22/01/2013 Geraldo Muzykant - Stimepa Exercendo funções na Refap de Canoas, trabalhadores reivindicam avanços salariais e de benefícios Os trabalhadores da Estrutural Serviços Industriais, de Alvorada, deslocados para trabalhar na Refinaria Alberto Pasqualini, de Canoas, realizaram assembleia geral na manhã de hoje em frente à Refap para avaliar os resultados da reunião de negociação realizada na tarde de ontem, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre (STIMEPA). Após avaliarem como "vergonhosa", eles rejeitaram a proposta patronal e decidiram, por unanimidade, manter a greve por tempo indeterminado. Infelizmente, segundo avaliação dos dirigentes sindicais, o único ponto positivo do encontro de ontem foi a abertura de um canal de diálogo enegociação entre as partes. Na prática, os representantes da empresa apenas ouviram detalhadamente as reivindicações, não se comprometeram com quase nada e se limitaram a reivindicar o fim da greve para manter a negociação. Também mantiveram o argumento de que o STIMEPA não seria a entidade sindical representante dos trabalhadores da empresa na Refap, embora documentos provem o vínculo. Quanto à melhoria salarial e do plano de saúde, a empresa disse que precisaria de um prazo maior para avaliar. À noite, em contato telefônico com o presidente do STIMEPA, Lirio Segalla, os patrões da Estrutural admitiram aumentar o vale-alimentação de R$ 80,00 para R$ 110,00. SOLIDARIEDADE Mais uma vez, durante a greve, os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas estavam presentes para apoiar o movimento. Na ocasião, o vice-presidente da entidade, Silvio Bica, reforçou que não é o Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e, sim, o de Porto Alegre o representante legal dos trabalhadores da Estrutural. Outra instituição presente foi a CUT - Central Única dos Trabalhadores, representada pelo presidente estadual, Claudir Nespolo. Segundo ele, o país e as empresas estão crescendo e têm que crescer ainda mais, mas não à custa da exploração da mão-de-obra da classe trabalhadora. "A CUT apoia esta e outras greves justas, que buscam melhores salários e melhores condições de vida e trabalho", disse. Veja também |