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Metalúrgicos lutam para impedir retirada de direitos das mulheres Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT de São Paulo (FEM-CUT) alerta que retrocessos atingem principalmente as trabalhadoras 07/08/2018 Com a "reforma trabalhista", os retrocessos atingem principalmente as trabalhadoras, que estão com seus direitos ameaçados, alerta a Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT de São Paulo (FEM-CUT), após negociações com a bancada patronal para manter as cláusulas que beneficiam a mulher na convenção coletiva. Entre as principais pautas estão os direitos das gestantes e mães recentes. A atual convenção da categoria estabelece que, quando a mãe volta de licença maternidade, ela tem direito a entrar meia hora antes ou sair meia hora depois do seu expediente até a criança completar seis meses. Mas a federação denuncia que a licença amamentação remunerada, garantida na convenção coletiva de trabalho da categoria, está ameaçada nas negociações da campanha salarial deste ano. As empresas querem retirar esse e outros direitos. "Eles querem uma convenção coletiva "enxuta" de direito, jogando todas as nossas negociações na lata do lixo. Não podemos achar que isso é normal", alerta Andréa Ferreira, secretária da Mulher da FEM-CUT, em entrevista à repórter Michele Gomes, da TVT. Andrea Chagas Santos, ajudante geral numa metalúrgica em Diadema, é uma das trabalhadoras beneficiadas pela convenção. Além dos quatro meses de licença que a lei prevê, ela teve direito à licença remunerada de 15 dias para poder amamentar a filha recém nascida, por conta do acordo do sindicato com os patrões. "Minha filha, graças a Deus, ela é bem de saúde. A primeira amamentação da criança é muito importante porque vai evitar infecções e doenças, porque a criança não tem a imunidade necessária", conta. De acordo com a sindicalista, o maior desafio da representação dos trabalhadores é conseguir manter as garantias em dois grupos: o 3, dos trabalhadores de autopeças, forjarias e parafusos, e o 2, dos funcionários em empresas de máquinas e eletrônicos. O setor patronal do Grupo 2 quer alterações em 55 das 64 cláusulas já firmadas na convenção coletiva. Já o do Grupo 3 propõe mudar 38 itens. Andréa explica que os sindicatos patronais se utilizam das mudanças na "reforma" Trabalhista para tentar impor a retirada de direitos. "Eles estão com aquela vontade mesmo de aplicar a "reforma" trabalhista", lamenta. (Fonte: Rede Brasil Atual)
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