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Desmontes na CLT e Previdência: Classe trabalhadora obtém primeiras vitórias Saiba em que pé estão as reformas que visam ceivar direitos dos trabalhadores 27/06/2017 As reformas trabalhista e previdenciária, que visam acabar com a CLT e a aposentadoria da classe trabalhadora, vêm tramitando no congresso nacional desde o ano passado. No inicio do ano, o governo ilegítimo de Michel Temer, apoiado pelos empresários, deixou bem claro seu desejo: aprová-las até o final de junho de 2017. A classe trabalhadora mostrou grande mobilização e união na Greve Geral de 28 de abril e no “Ocupa Brasília” de 24 de maio, além dos diversos atos e paralisações em todo Brasil ao longo desse ano. Com a pressão popular, que só cresce, o governo se viu obrigado a recuar na reforma da Previdência e está encontrando dificuldades em avançar na trabalhista. O relatório do projeto de "reforma" trabalhista (PLC 38) foi rejeitado na terça-feira, 20 de junho, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado por 10 votos a 9, contando com o voto favorável da senadora Ana Amélia Lemos (PP). O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), previa que o texto estaria pronto para ir a plenário a partir do próximo dia 28 de junho. Durante a reunião da CAS, o senador gaúcho Paulo Paim (PT), que votou contra o relatório, apelou para um entendimento em outras bases, criticando o "desespero" de aprovar um texto sem qualquer mudança. "Qualquer pessoa séria, ao ler aquele projeto, acha aquilo inaceitável. Não pode vir um projeto que altera a CLT em 117 artigos aqui para a Casa e a gente só carimbar, sabendo que a Câmara cometeu absurdos", afirmou Paim. Apesar de o texto ter sido rejeitado na CAS, a reforma trabalhista ainda vai passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, por fim, pelo plenário do Senado. O ilegítimo presidente Michel Temer minimizou a derrota sobre a reforma trabalhista e afirmou que “a vitória no plenário é certa, é maioria simples. Não é surpresa negativa essa derrota. Esse processo tem várias fases, várias etapas. E nas etapas você ganha uma, ganha outra, perde outra. O que importa é o plenário. O Brasil vai ganhar no plenário", afirmou em sua conta no Twitter enquanto esteve em viagem à Rússia. "Reforma" trabalhista: Insegurança dos Brasileiros Segundo informações divulgadas pela imprensa, após a vitória da classe trabalhadora na CAS, o governo disse que a reforma da Previdência vai atrasar e ninguém sabe quando haverá clima político para votação do tema. Aliados de Temer afirmaram que a reforma está parada "por causa das denúncias" feitas pelo empresário Joesley Batista, da JBS, contra o presidente, que vão desde corrupção passiva até obstrução da Justiça. Em nenhum momento o governo e aliados reconhecem que a paralisação da reforma da Previdência e a vitória da oposição na CAS na reforma trabalhista são resultado das mobilizações da sociedade e do medo de deputados e senadores governistas de perderem prestígio e não se reelegerem nas próximas eleições. Veja também |