Uma sociedade que, desde que o mundo é mundo, se constituiu por um modelo machista e patriarcal, o simples fato de ser mulher já é uma resistência. O 8 de março foi definido como o Dia da Mulher em uma conferência na Dinamarca, em 1910, que tratava da luta ideológica e política do proletariado e das demais classes oprimidas e exploradas, e da importância da participação massiva das mulheres proletárias nesta luta.

A celebração do 8 de março se tornou uma forte tradição nos movimentos sociais e um dos mais importantes símbolos da luta de libertação da classe operária. Sendo assim, a data será repleta de manifestações das mulheres em todo o país. As mulheres cutistas vão ocupar as ruas para denunciar a perversa Reforma da Previdência do presidente ilegítimo Michel Temer, que provocará muitos prejuízos a toda classe trabalhadora, principalmente as mulheres.

Por que a Reforma da Previdência atinge violentamente as mulheres?

1. Fixação da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres: Sob o pretexto de que mulheres têm expectativa de vida maior que os homens, a padronização da idade mínima é o carro-chefe do projeto.

2. O projeto omite o trabalho doméstico socialmente realizado pelas mulheres: O projeto ignora a dupla (às vezes tripla) jornada das mulheres (trabalho e manutenção do lar). Com a reforma, segundo estatísticas, as mulheres trabalham 39 dias a mais por ano que os homens.

3. Reforma ignora que mulheres ganham menos: A reforma da previdência torna ainda mais evidente a realidade de discriminação salarial. As mulheres inseridas no mercado formal de trabalho ganham cerca de 30% a menos que homens. A mulher tem renda menor, trabalha mais e terá mais dificuldades de se aposentar!

Programação de 8 de março

5h30: Concentração na Ponte do Guaíba e marcha até o Centro Histórico

8h30: Ato público na agência do INSS – Travessa Mário Cinco de Paus, 20, Centro Histórico

10h: Seminário “O Impacto da Reforma da Previdência na Vida das Mulheres”, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa

12h: Ato em apoio à Ocupação Mirabal – Rua Duque de Caxias, 380 – Centro Histórico

13h30: Ato Cultural no Largo Glênio Peres

Atividades Culturais – durante a tarde na Praça da Matriz

17h: Concentração para Marcha das Mulheres, na Esquina Democrática

Encontro do Coletivo de Mulheres da Federação 24 e 25 de março

Visando discutir essas e outras questões acerca da reforma da Previdência, o Coletivo de Mulheres da Federação dos Metalúrgicos do RS vai realizar um encontro nos dias 25 e 26 de março, na Colônia de Férias do nosso sindicato, em Cidreira. Num contexto mundial de levantes e mobilizações feministas, a conjuntura nacional vai requerer das mulheres lutadoras a inspiração e a força de nossas companheiras ao redor do mundo para incendiar os interesses de Temer e demais golpistas. Vamos à luta, companheiras!

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