Notícias
Movimentos sociais pedirão o indiciamento criminal de Bolsonaro Entidades planejam protocolar representação no Ministério Público Federal contra deputado por incitação ao crime 15/12/2014 Entidades planejam protocolar representação no Ministério Público Federal contra deputado por incitação ao crime. Manifestação em Brasília está prevista para quarta-feira 17 Diversos movimentos sociais e feministas se reuniram nesta sexta-feira 12, em São Paulo, para anunciar que acionarão o Ministério Público Federal contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). Os movimentos entrarão com uma representação coletiva na Justiça Federal pedindo que o deputado federal do Rio de Janeiro seja indiciado criminalmente por incitação e apologia ao crime. O que motiva a ação é uma declaração do parlamentar, proferida no plenário da Câmara Federal, na terça-feira 9, contra a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). Na tribuna da Câmara, Bolsonaro se voltou contra Rosário e disse: "não te estupro porque você não merece". Em 2003, Bolsonaro já havia dirigido ofensas semelhantes contra Maria do Rosário. Na época, não houve punição ao parlamentar. Atualmente, a representação feminina no Congresso Nacional ainda é baixa. Em 2015, apenas 10% das cadeiras da Câmara Federal serão ocupadas por mulheres. No Senado, o índice sobre para 18,5%. Para ela, a impunidade reproduz a violência. “Isso é um alento para estupradores e homens que oprimem as mulheres”. De acordo com Neves, a ação coletiva dos movimentos sociais mostra unidade em torno dessa bandeira. "Nesse momento, os movimentos sociais encaram como central a luta pela cassação e não diplomação do deputado Jair Bolsonaro", disse. Para ela, a punição de Bolsonaro seria um marco contra a reprodução do machismo no Congresso Nacional e a cultura do estupro na sociedade brasileira. Hoje, no Brasil, uma mulher é estuprada a cada 10 minutos. Manifestações Juntamente com a decisão pela representação contra Bolsonaro na Justiça Federal, os movimentos sociais decidiram na quinta-feira 11 protestar contra o deputado em Brasília. Em menos de 24 horas, os líderes já asseguraram a participação de mais de 500 mulheres no ato. “Serão várias iniciativas. Daqui até a cassação dele, só não vamos sair das ruas. Nós não aceitamos qualquer outra punição que não seja a cassação. Não deixaremos ele ser diplomado”, afirmou Rosane Silva, secretária da mulher da Central Única dos Trabalhadores (CUT). A manifestação acontecerá quarta-feira 17, em Brasília. Na quarta-feira 10, quatro partidos (PT, PCdoB, PSB e PSOL) apresentaram uma representação contra Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar pedindo a cassação do parlamentar.
Fonte: Carta Capital Veja também |